GRANDIÚVA: planta que é uma alternativa brasileira para o canabidiol, sem efeitos psicoativos

 

Nome científico: Trema micrantha (L.) Blume

Sinonímias: Celtis albicans Willd. ,Celtis albicans Willd. ex Steud.,Celtis canescens Decne. ,Celtis canescens Kunth ,Celtis chichilea Ruiz & Pav. ,Celtis chichilea Ruiz & Pav. ex Planch. ,Celtis curiandiuba M.Gómez ,Celtis curiandiuba M.Gómez ex Planch. ,Celtis lima Sw. ,Celtis macrophylla Kunth ,Celtis micrantha (L.) Sw. ,Celtis microcarpa Salzm. ,Celtis microcarpa Salzm. ex Planch. ,Celtis mollis Humb. & Bonpl. ,Celtis mollis Humb. & Bonpl. ex Willd. ,Celtis riparia Kunth ,Celtis rufescens Banks ,Celtis rufescens Banks ex Planch. ,Celtis rugosa Willd. ,Celtis schiedeana Schltdl. ,Girtanneria micrantha (L.) Neck. ,Rhamnus micrantha L. ,Sponia canescens (Kunth) Decne. ,Sponia canescens (Kunth) Decne. ex Planch. ,Sponia chichilea Ruiz & Pav. ,Sponia chichilea Ruiz & Pav. ex Planch. ,Sponia crassifolia Liebm. ,Sponia grisea Liebm. ,Sponia lima (Sw.) Decne. ,Sponia lima (Sw.) Decne. ex Planch. ,Sponia macrophylla (Kunth) Decne. ,Sponia macrophylla (Kunth) Planch. ,Sponia micrantha (L.) Decne. ,Sponia micrantha (L.) Decne. ex Planch. ,Sponia mollis (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Decne. ,Sponia mollis (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Decne. ex Planch. ,Sponia peruviana Klotzsch ,Sponia riparia (Kunth) Decne. ,Sponia riparia (Kunth) Decne. ex Planch. ,Sponia rufescens Banks ,Sponia rufescens Banks ex Planch. ,Sponia rugosa (Willd.) Decne. ,Sponia rugosa (Willd.) Decne. ex Planch. ,Sponia schiedeana (Schltdl.) Planch. ,Sponia stipellata Bello , ,Trema molle (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Blume ,Trema mollis (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Blume, Trema orientale f. micranthum (Blume) Kuntze ,Trema orientale var. rugosum Kuntze ,Trema riparia (Kunth) Blume,Trema rufescens (Banks) Blume.

Nomes populares:  Grandiúva, Pau-Pólvora, Crindiúva, Periquiteira, Prindeúva, Coatidiba, Orinduíba, Orindiba, Gurindiba, Candiúba, Taleira, Motamba, Seriúva e Crindiúva-Pólvora.

Origem: é nativa das regiões tropicais e subtropicais da África, Ásia e Austrália, mas também foi introduzida e naturalizada em várias partes do mundo. No Brasil ocorre no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul.

Descrição botânica: árvore que geralmente atinge uma altura de 8 a 20 metros (26 a 66 pés) e tem uma copa arredondada e extensa. A casca é lisa e de cor marrom-acinzentada. As folhas são alternas, simples e serrilhadas nas margens. Eles são geralmente de forma oval a elíptica, medindo cerca de 6 a 10 centímetros (2,4 a 4 polegadas) de comprimento. A superfície superior das folhas é verde escura, enquanto a superfície inferior é de cor mais clara. Produz flores pequenas e discretas, de cor esverdeada. Eles são carregados em cachos densos ou espigas, que emergem das axilas das folhas ou nas extremidades dos ramos. Os frutos pequenos e arredondados com cerca de 2 a 3 milímetros (0,08 a 0,12 polegadas) de diâmetro. são inicialmente verdes, mas ficam pretas quando maduras. Cada fruta contém uma única semente.

Parte da planta para uso: folha e a casca 

Constituintes químicos:  contém vários compostos químicos, incluindo compostos fenólicos, como taninos, ácidos fenólicos e lignanas, flavonoides, como a quercetina, kaempferol e rutina. Alcaloides como tembetarina e tremanina, terpenóides como triterpenos e sesquiterpenos, e lignanas, como pinoresinol e siringaresinol.

Formas de uso: Na medicina indígena, os frutos são usados para aliviar dor de dente. Suas folhas são conhecidas popularmente como analgésicos para tratar erupções na pele.

Indicações: é indicado como cicatrizante, analgésico e adstringente, para o tratamento de Alzheimer e como antissifilítico é antirreumático.

Observações: esta planta está sendo estudada para ser  uma alternativa brasileira para o canabidiol sem efeitos psicoativos. Os índios de várias etnias do Paraná e de Santa Catarina usam o líquido encontrado dentro do caule, no tratamento da dor dos olhos. 

Referências bibliográficas

Cruz Márquez, U., López Binnqüist, C., & Negreros Castillo, P. (2011). Una especie multiusos del trópico mexicano Trema micrantha (L.) Blume. Ciencias, 101(101).

dos Santos Magalhães, C., Sá, R. D., de Araújo, S. L. S. M., & Randau, K. P. (2021, May). Microscopic and chemical characterization of leaves of trema micrantha (L.) Blume. In Anales de Biología (No. 43, pp. 93-99). Servicio de Publicaciones de la Universidad de Murcia.

dos Santos, M. B. V., do Nascimento, M. F. A., de Oliveira, A. B., & Mourão, R. H. V. (2022). Atividade antiplasmodial e citotóxica in vitro e perfil fitoquímico do extrato etanólico de folhas de Trema micrantha (L) Blume Cannaba-ceae. Resumos XXVI SPMB.

Magalhães, C. D. S. (2020). Caracterização anatômica, histoquímica e fitoquímica de folhas de Trema micrantha (L.) Blume utilizada como antiofídica (Master's thesis, Universidade Federal de Pernambuco).

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem