Nome científico: Bryophyllum pinnatum (Lam.) Oken.
Sinonímias: Kalanchoe
pinnata (Lam.) Pers., Cotyledon pimuila Lam., Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz,
Bryophyllum calycinum Salísb., Bryophyllum proliferam Bowie, Crasxuvia
floripenula Comm., Sedum madagascariense Clus.
Família:
Crassulaceae
Nomes
populares: folha-da-fortuna,
courama, coirama, folha-da-costa, fortuna, folha-de-pirarucu, pirarucu,
diabinho, roda-da-fortuna, folha-grossa.
Origem: África Tropical (Ilha de Madagascar), e
amplamente distribuída em América Tropical, Índia, China e Austrália.
Descrição
botânica: as espécies desta família são plantas herbáceas ou
sub-Ienhosas, pouco ramificadas, que atingem até um metro de altura,
especialmente durante a floração. Têm folhas suculentas, ovaladas ou obovadas,
de margem ondulada a subcrenada em Kalanchoe brasiliensis, conhecida no
Nordeste como courama-branca e, nitidamente crenado em Bryophyllum pinnatum, a
courama-vermelha, às vezes referida na literatura como Kalanchoe pinnata - seu
nome antigo. Ambas são cultivadas para fins medicinais em jardins e quintais.
Várias outras espécies do gênero são aproveitadas como plantas ornamentais de
exótica beleza.
Parte da planta para uso: folhas
Constituintes químicos: Compostos fenólicos, flavonóides, ácidos orgânicos, mucilagem, cálcio e cloro, bufadienólidos (briofilinas A,B e C), N-triacontano, patuletina, ácidos graxos. mucilagem, taninos, glicosídeos (quercitina), sais minerais, quercetina 3-0-a-arabinopiranosil (1®2) -a-L-ramnopiranosídeo, quercitrina, afzelina, ácidos isocítrico e 1-málico, briofilina.
Formas
de uso: tem largo uso no tratamento local de furúnculos e, por
via oral na preparação de xaropes caseiros para tosse, associado à folhas de
malvarisco (Plectranthus amboinicus Lour.) ou outras plantas tidas como
peitorais, como a ipecacuanha-da-praia [Hybanthus ipecacuanha (L.) e a
cebolinha-branca (Allium scalonicum L). É usada também para o tratamento
caseiro da anexite e da gastrite, na forma de sumo obtido de duas folhas e
diluído com meio copo d’água, para ser bebido diariamente até que os sintomas
passem, na dose 10 a 20 ml, logo antes da primeira refeição.
Indicações: abscesso, afta, afecções respiratórias
(xarope), cálculo renal, calo, cefalalgias, contusões, coqueluche, dor de
cabeça, edemas erisipelosos das pernas, enxaqueca, estomatite, febre, feridas,
furúnculos, frieira, gastrites, impetigo, ingurgitamento linfático, oftalmia
congestiva, picada de insetos, queimadura, tuberculose pulmonar, úlceras
digestivas, verruga.
Observações: Em vários testes com animais não foi demonstrado toxicidade. A dose letal aplicada aos animais foi muito alta e por via intra-peritonial. Grávidas e lactantes deverão abster-se de seu uso até melhores esclarecimentos de sua inocuidade.
Referências
bibliográficas
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina:
Corpus Libros, 2004.
DIAS-DAROCH,
F.
1947. Formulário terapêutico de plantas medicinaes cearenses, nativas e
cultivadas. Ed. do autor, Tip. Progresso, Fortaleza.
HORTO
DIDÁTICO UFSC: < https://hortodidatico.ufsc.br/
> Acesso em 03/03/2022
LORENZI,
H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil:
nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.