Gingko biloba L. - GINKGO

 

Nome científico: Gingko biloba L.

Sinonímias: Ginkgo biloba f. aurea (J.Nelson) Beissn.

Família:  Ginkgoaceae

Nomes populares: Nogueira-do-Japão, Árvore-Avenca, ou simplesmente Ginkgo.   

Origem: Planta de origem chinesa, é considerada um fóssil vivo.

Descrição botânica:   Árvore caducifólia, seu tronco sulcado, com folhas em forma de leque. Sua altura atinge até 25 metros, é espécie de alta longevidade, pode viver mais de 1.000 anos. Tem ramificações curtas, e frutos não comestíveis que cheiram mal. A fruta tem uma semente interna que pode ser venenosa. Ginkgos são árvores duras, resistentes e às vezes plantadas ao longo das ruas urbanas nos EUA. No outono as folhas ficam com cores brilhantes. É uma das plantas mais conhecidas em todo o mundo. Foi descrita pela primeira vez por volta de 1690, mas despertou o interesse de pesquisadores após a II Guerra Mundial, quando os EUA lançaram a bomba atômica sobre Nagasaki e Hiroshima. Perceberam que todas as plantas num raio de 120 km devastado pela bomba estavam mortas e, após algumas semanas, observaram que começou a brotar uma arvorezinha de G. biloba e a formar folhas. Foi a única planta que sobreviveu e desafiou a radiatividade.

Parte da planta para uso: folhas.

Constituintes químicos:  Ácido butanoico, antocianina, bioflavonoides, catequina, vitaminas (complexo B, C), pró-vitamina A, glicosídeos flavonoides (ginkgobilina, quercetina, kaempferol), minerais.

Formas de uso: Os extratos das folhas de Ginkgo são usadas para melhorar as funções cognitivas, para combater a insuficiência vascular cerebral e melhorar a circulação periférica.

Indicações: Envelhecimento celular, perda de memória, varizes, úlceras varicosas, cansaço nas pernas, artrite, isquemia cerebral, radicais livres, auxilia na oxigenação cerebral, enxaqueca.

Observações: Ginkgo é descrita como inibidora da agregação plaquetária e há vários casos relatados de complicações provocadas por esta planta, com ou sem terapia concomitante. A administração de ginkgo tem sido associada a um aumento do tempo de sangramento, hematoma subdural e hemorragia da retina. Um aumento da incidência destes efeitos tem sido observado com a co-administração de ginkgo e outras medicações ou plantas que apresentam atividade anticoagulante, como aspirina, warfarina e drogas antiinflamatórias não esteroidais

Referências bibliográficas

LORENZI, H. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2003.368 p.

BIRKS, J.; GRIMLEY EVANS, J. – Ginkgo biloba for cognitive impairment and dementia. Cochrane Database Syst Rev. 18(2):CD003120, 2007. Review.

ZIMMERMANN, M.; COLCIAGHI, F.; CATTABENI, F.; Di LUCA, M. – Ginkgo biloba extract: from molecular mechanisms to the treatment of Alzhelmer's disease. Cell Mol Biol. 48(6): 613-23, 2002. Review.


Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem