PEPACONHA: planta medicinal tradicional no Nordeste, é indica para problemas pulmonares

 

Nome científico: Pombalia calceolaria (L.) 

Sinonímias:  Hybanthus calceolaria (L.) Oken, Viola calceolaria L., Hybanthus ipecacuanha (L.) Baill., Viola ipecacuanha L., Ionidium calceolarium (L.) Vent., Ionidium ipecacuanha (L.) Vent. f. grandiflora, Ionidium ipecacuanha (L.) Vent., Solea calceolaria (L.) Spreng., Solea ipecacuanha (L.) Spreng., Viola itoubu Aubl., Ionidium itoubu (Aubl.) Kunth, Pombalia itoubu (Aubl.) Ging., Solea itoubu (Aubl.) Spreng., Hybanthus villosissimus (A. St.-Hil.) Taub., Ionidium villosissimum A. St.-Hil., Pombalia ipecacuanha Vand., Hybanthus calceolaria (L.) Schulze-Menz, Calceolaria ipecacuanha (L.) Kuntze, Ionidium indecorum A. St.-Hil., Hybanthus indecorus (A. St.-Hil.) Baill., Calceolaria villosissima (A. St.-Hil.) Kuntze, Calceolaria hirsuta Rusby,

Família: Violaceae

Nomes populares: Pepaconha, ipepacuanha-branca.

Origem: sem endemismo no Brasil, mas é facilmente encontrada em regiões da Caatinga brasileira.

Descrição botânica: herbácea perene, pouco ramificada, inteiramente pubescente, de 10 a 30 cm de altura. Caracteriza-se pela presença de folhas elípticas, alternadas, pecioladas, de margens denteadas, 2-4 cm de comprimento; flor branca com uma única pétala grande que se dilata em forma de bandeirola, revirando-se para fora; os frutos são cápsulas oblongas e deiscentes contendo muitas sementes escuras. 

Parte da planta para uso: raiz.

Constituintes químicos: saponinas, inulina, cumarina, ciclotídeos, emetina, esteróides.

Formas de uso: Sua utilização é principalmente na forma de preparações de lambedores(xaropes) e infusões.

Indicações: bronquite, tratamento da amebíase, tosse rouca, gripe, diarreia e “males da dentição”

Observações: A Papaconha é considerada tóxica. Muito embora o uso popular seja principalmente de suas raízes, não há relato de toxicidade desta parte da planta, é importante, no entanto, manter alerta sobre o uso desta planta.

Referências bibliográficas

Almeida, V. S. et al, Efeitos Fitotóxicos e Artemicida da Infusão de Pombalia Calceolaria - FMN: Campina Grande - 2016 36 f

Medeiros JD. 2011.Guia de campo: vegetação do Cerrado 500 espécies. Brasília: MMA/SBF.

Paula-Souza J & Ballard Jr. HE. 2014.
Re-establishment of the name Pombalia, and new combinations from the polyphyletic Hybanthus (Violaceae).Phytotaxa 183 (1): 001–015.

Pickel DBJ. 2008.Flora do Nordeste do Brasil Segundo Piso e Marcgrave no Século XVII. Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Pontes, A.O. Estudo farmacognóstico das raízes de ipeca-da-praia (Pombalia calceolaria (L.) Paula-Souza): aspectos botânicos, químicos e farmacológicos. / Ana Georgina Oliveira Pontes. – 2015. 92 f.:

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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