EMBIRIBA: árvore amazonense cujas folhas são utilizadas como tranquilizante

 

Nome científico: Xylopia benthamii R. E. Fries

Sinonímias: Xylopia benthamii var. dolichopetala R.E. Fr., Xylopia benthamii var. subnuda  R.E. Fr.

Família: Annonaceae

Nomes populares: embiriba, envira-amarela, imbiriba, imbiriba-pacovi, pacovi

Origem: e de origem amazônica

Descrição botânica: Arvore ereta de 8-10 (até 15m), ramulos providos de pelos esparsos. Folhas oblongo-lanceoladas com 8-12cm de comprimento e 2,5 a 3,5 de largura, membranáceas, margem lisa, ápice acuminado e base arredondada. Inflorescências caulifloras. Flores com cálice cupuliforme, tendo as sépalas um ápice endurecido; pétalas externas linear-oblongas com ca. de 25mm de comprimento e 4mm de largura, ápice agudo, pétalas internas com aspecto prismático, ápice muito agudo, estames numerosos, curtos (1mm). Carpelos muito numerosos (ca. de 30). Frutos folículos robustos com 3-4cm de comprimento e 1,4cm de diâmetro, cilíndricos, contendo até 8 sementes ovoides 

Parte da planta para uso: Cascas e flores.

Constituintes químicos:  A casca de Xylopia benthamii RE Fries possui dois alcalóides aporfínicos, nornantenina e laurotetanina, e uma mistura de trans- e cis-feruloiltiramina. Nas flores foram encontrados uma grande quantidade de benzenoides (methylbenzoate, 2-phenylethyl alcohol).Foram encontrados ainda os seguintes monossacarideos: rhamnose, arabinose, xilose, vestígios de manose, galactose, glucose, ácido uronico e 0 monossacarídeos não identificados. Os açúcares redutores provenientes da hidrolise.

Formas de uso: Os índios Taiwanos do rio Kananare administram um chá das folhas como tranquilizante para pessoas que tenham passado por situações de grande susto. Esta indução como tranquilizante requer ainda mais investigações químicas e farmacológicas. O chá dos frutos de embiriba são uteis para dores estomacais.

Indicações: indicado como tranquilizante e para dores estomacais.

Observações: A floração acontece uma vez ao ano estendendo-se do final de julho a setembro ou outubro, inserindo a espécie no padrão cornucópia e anual.

Referências bibliográficas

BERG, M.E. van den. Contribuição ao conhecimento da flora medicinal da Amazônia brasileira. 1978. 206 p. Tese (Doutorado) – Instituto de Biociências, Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo, 1978.

DUKE, J.A.; VASQUEZ, R. Amazonian ethnobotanical dictionary. Boca Raton: CRC, 1994. 215p.

REVILLA, J. Plantas úteis da Bacia Amazônica. Manaus: INPA, 2002. v.2.

ROCHA, A.I. da; LUZ, A.I.R.; RODRIGUES, W.A. A presença de alcaloides em espécies botânicas da Amazonia. III – Annonaceae. Acta Amazônica, v.11, n.3, p.537-546, 1981.

ROOSMALEN, M.G.M. van. Fruits of the guianan flora. Wageningen: Utrecht University, 1985. 483p.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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