AÇOITA CAVALO: planta indicada como sedativo, anti-inflamatório, diurético e problemas de laringite e bronquite

 

Nome científico: Luehea divaricata Mart.

Sinonímias: Alegria divaricata (Martius) Stuntz;  Brotera mediterranea Vell.

Família: Tiliaceae.

Nomes populares: açoita cavalo, ivitinga, caoueti, pau-de-canga, estribeira, pau-de-estribo, ibatingui

Origem: América tropical.

Descrição botânica:  Árvore ou arbusto de folha caduca, com 5-15 metros de altura, copa arredondada, ramos flexíveis e tronco grosso de até 1 metro de diâmetro. A superfície externa da casca é marrom acinzentado a marrom amarelada, ligeiramente rugosa e com ligeiras estrias longitudinais. Folhas alternadas, caules curtos, simples, geralmente dentada em sua metade superior, com a superfície superior glabra ou glabrescent com uma rede verde escura e a face inferior pubescente ou peluda, de cor esbranquiçada, com três costelas principais. flores grandes e brancas ou rosa, solitários, dispostos em cachos ou em panículas axilares ou terminais, com brácteas longas. Cálice com sépalas lineares, tomentoso no dorso, 1,5-2 cm de comprimento; pétalas em número de 5, mais mais longas que as sépalas. Androceu com numerosos estames, sendo os externos estéreis. fruta em cápsula lenhosa ovoide, com 5 valvas, deiscente em sua metade superior e contendo numerosas sementes alado. Floresce no verão e frutifica no outono.

Parte da planta para uso: flores, folhas e casca.

Constituintes químicos: No caule foi detectada a presença de mucilagens, enquanto polifenóis foram isolados da casca. Também foram identificados taninos, saponinas e flavonóides, entre os quais incluem vitexina, flavan-3-ol, flavona-C-glicosilado e epicatequina. Nas folhas e casca triterpenos foram isolados, dentre os quais se destaca 3-ß-p-hidroxibenzoil tormentoso, uma saponina (glucopiranosilsitosterol) e compostos fenólicos. A partir do extrato metanólico de folhas, foram encontrados, um derivado do ácido tormentoso (ácido 3-β-p-hidroxibenzoil-tormético) e uma mistura contendo ácido maslínico. 

Formas de uso: A infusão das flores é citada como sedativa e para a tratamento de coqueluche, a das folhas como anti-inflamatório, diurético e problemas de laringite e bronquite. A decocção da casca como tônico, antidiarréico, digestivo e antiasmático. As folhas são usadas ainda no tratamento de resfriados, e a casca como adstringente, problemas na garganta (faringite, angina) e febre. O caule como anti-inflamatório e antidiarreico. As partes aéreas são utilizadas externamente na forma de banhos vaginais e como hemostático em feridas cutâneas,

Indicações: sedativo, anti-inflamatório, diurético, problemas de laringe e faringe, adstringente, antiasmático, antidiarreico.

Observações: Não há contraindicações conhecidas.

Referências bibliográficas

Bianchi N, Koeppe C, Fernandes R. Estudo da toxicidade de Luehea divaricata Mart. Análise citopatologica. Anais XII Simposio de Plantas Medicinais do Brasil. UFP. Curitiba, Paraná. Abstract P-65. 15-17 sept 1992.

Buttura E. Plantas Medicinais do Oeste Paranaense. Paraná: Itaipú Binacional. 2003.

Carvalho, P.E.R.  Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. (Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, v.1).

Lorenzi, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1998.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem