AROEIRA VERMELHA: planta utilizada como medicamento caseiro para o tratamento de doenças do sistema urinário e do aparelho respiratório

 

Nome científico: Schinus terebinthifolia Raddi

Sinonímias: Sacorlheca baliiensis Turcz., Schinus mitcronulata Mart., Schinus aiitiarthriticu Mart. ex March., Schinus weinmanniifolius Mart., Schinus weitmumniifolia Mart. var. pauciflora Engl.. Schinus aroeira Vell., Schinus rhoifolia Mart., Schinus riedeliana Engl., Schinus intermédia Chodat & Hassl., Schinus angustifolia (Chodat. & Hassl.) Barkl., Schinus dubua Barkl., Schinus hassleri Barkl., Schinus chichita Speg., Schinus terebinthifolia Raddi var. aroeira (Vell.) March., Schinus acutifolia Engl., Schinus raddiana Engl., Schinus pohliana Engl., Schinus glazioviana Engl., Schinus selloana Engl.. Schinus damaziana Beauv., Schinus lentiscifolia March. var. crenulata March., Schinus pilosa Engl., Schinus microphylla Chodat & Hassl.. Schinus angiistifolia Chodat & Hassl., Schinus mellisii Engl., Schinus molle var. hassleri Bakl. 

Família: Anacardiaceae  

Nomes populares: aguaraíba, aroeira, aroeira-branca, aroeira-da-praia, aroeira-do-brejo, aroeira-do-campo, aroeira-do-paraná, aroeira-mansa, aroeira-negra, aroeira-pimenteira, aroeira-precoce, aroeira-vermelha, bálsamo, cabuí, cambuí, coração-de-bugre, corneíba, fruto-de-raposa, fruto-do-sabiá.  

Origem: nativa da América do Sul

Descrição botânica: árvore mediana com 5-10 m de altura, perenifólia, dioica, de copa larga e tronco com 30-60 cm de diâmetro, revestido de casca grossa. Folhas compostas imparipinadas, com 3 a 10 pares de folíolos aromáticos, medindo de 3 a 5 cm de comprimento por 2 a 3 de largura. Flores masculinas e femininas muito pequenas, dispostas em panículas piramidais. Fruto do tipo drupa, globóide, com cerca de 5 cm de diâmetro, aromático e adocicado, brilhante e de cor vermelha, conferindo às plantas, na época da frutificação, um aspecto festivo. 

Parte da planta para uso: folhas, frutos e cascas.

Constituintes químicos:  taninos, bi flavonoides e ácidos triterpênicos nas cascas e de até 5% de óleo essencial formado por mono e sequiterpenos nos frutos e nas folhas. Em todas as partes da planta foi identificada a presença de pequena quantidade de alquil-fenois.

Formas de uso: A casca pode ser utilizada na forma de cozimento (decocto), especialmente pelas mulheres, durante vários dias, em banhos de assento após o parto como anti-inflamatório e cicatrizante, ou como medicação caseira para o tratamento de doenças do sistema urinário e do aparelho respiratório, bem como nos casos de hemoptise e hemorragia uterina. As folhas e frutos são adicionados à água de lavagem de feridas e úlceras.

Indicações: possui propriedades anti-inflamatória, cicatrizante e antimicrobiana para fungos e bactérias incluindo nesta ação Monilia, Staphylococcus e Pseudomonas.  É indicado ainda para cervicite e cervicovaginites.

Observações: O uso das preparações de aroeira deve ser revestido de cautela por causa da possibilidade dos aparecimentos de fenómenos alérgicos na pele e nas mucosas. Caso isto aconteça, suspenda o tratamento e procure o médico o mais cedo possível.  

Referências bibliográficas

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

LORENZI, H. 1992, arvores brasileiras - manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas no Brasil. Ed. Plantariam, Nova Odessa, 360 pp.

BRAGA. R.A., 1960, Plantas do Nordeste, especialmente do Ceará, 2ª edição, Impr. Oficial, Fortaleza. 540 pp.

BANDEIRA, J.A. e WANICK, M.C., 1974, Ação anti-inflamatória e cicatrizante de Schinus aroeira Vell., em pacientes com cervicite e cervicovaginite, Ver, Inst, Antibióticos, Recife, 105-106.

MATOS. F.J.A., 2002, Farmácias Vivas - sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades, 4ª edição, Edições UFC, Fortaleza, 267 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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