CRAVO DE URUBU: planta herbácea considerado útil para tratar aftas, estomatite, ulcerações da garganta e da faringe

 

Nome científico: Heliotropium indicum L.

Sinonímias: Eliopia riparia Raf., Eliopia serrata Raf., Heliophytum indicum (L.) DC., Heliotropium cordifolium Moench, Heliotropium foetidiim Salisb., Heliotropium horminifoliiim Mill., Tiaridium indicum (L.) Lehm.

Família: Boraginacea   

Nomes populares: aguaraciunha, macelinha, aguaraciunha-açú, erva-de-são-fiacre, aguaraá, escorpião, cravo-de-urubu, tureroque, turirí, crista-de-galo, borragem-brava, borragem, jacuacanga, borracha-brava, fedegoso, borracha, grinalda-de-boneca.  

Origem: nativa de Asia.

Descrição botânica:  pequena planta herbácea anual, ereta, ramificada, de textura um tanto carnosa, pubescente, tem folhas simples, de superfície bulada com nervuras impressas na face superior, de 3 a 6 cm de comprimento. Flores de cor azulada-clara, dispostas em inflorescências escorpióides terminais de 15 a 20 cm de comprimento. Os frutos são aquênios oblongos.  

Parte da planta para uso: todas as partes da planta.

Constituintes químicos: Saponinas, Fenóis, Flavonoides, Polissacarídeos, Azulenos, Carotenóides, Desoxioses, Cardenolídeos, Derivados de Benzoquinonas, Naftoquinonas e fenantraquinonas Lactonas sesquiterpênicas e outras lactonas. 

Formas de uso: o sumo da planta fresca é indicado para o tratamento de problemas de pele. As folhas são usadas contra úlceras, feridas e picada de insetos, na forma de cataplasma aplicada sobre a parte afetada. Seu decocto, na forma de bochechos e gargarejos, e considerado útil para tratar aftas, estomatite, ulcerações da garganta e da faringe. A medicina tradicional das Filipinas utiliza o sumo extraído das folhas trituradas da planta para curar feridas, úlceras da pele e furúnculos. Gotas do sumo também são utilizadas para tratar a conjuntivite. As folhas trituradas são utilizadas como uma cataplasma.

Indicações: é indicada em preparações tópicas contra hemorroidas, afecções cutâneas: incluindo úlceras, abscesso, furúnculos, picadas de inseto e em casos de queimaduras.

Observações: Os resultados da análise fitoquímica desta e de outras espécies do gênero, constataram a presença de alcaloides pirrolizidínicos, tornando-as não recomendável para uso oral, uma vez que sua ingestão pode resultar em grave intoxicação hepática, com risco de cirrose e câncer do fígado

Referências bibliográficas

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

LORENZI, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3ª edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa.

CORREA, M.P. 1926. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Min. da Agricultura, RJ. Vol. 01, 747 pp.

MATOS, F.J.A., 2002, Plantas Medicinais - guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. Impr. Universitária / Edições UFC, Fortaleza.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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