ALMECEGUEIRA: planta utilizada na proteção solar (prevenção de câncer de pele e contra o envelhecimento)

 

Nome científico: Protium heptaphyllum

Sinonímias: Icica heptaphylla Aubl.

Família: Burseraceae

Nomes populares: Almécega, Almécega-brava, Almécega-cheirosa, Almecegueira, Almecegueira-cheirosa, Almecegueira-de-cheiro, Almecegueira-vermelha, Almecegueiro-bravo, Almesca, Almescla, Almíscar, Amescla, Amescla-da-praia, Amescla-de-cheiro, Amesclão, Amescla-seca, Animé, Árvore-do-incenso, Anis verde, Breu, Breu-almécega, Breu-amescla, Breu-branco, Breu-branco-da-praia, Breu-branco-do-campo, Breu-branco-verdadeiro, Breu-de-campina, Breu-vermelho, Cabatã-de-leite, Ciantaáhiuá, Cicantaá-ihuá, Cincataá-ilhuá, Elemí, Elemieira, Erva-feiticeira, Erva doce, Ibiracica, Icariba, Icica, Icicaçu, Icicaribá, Incenso, Incenso-de-Cayenna, Louro-pisco, Pau-de-breu, Pau-de-mosquito, Tacaá-macá, Teí.

Origem: Mata Atlântica à exceção da Região Sul, Amazônia, Caatinga e Cerrado.

Descrição botânica: Arvore de 4 a 7 metros de altura quando cultivada, podendo atingir mais de 20 m, de altura quando na floresta. A copa é globosa em pleno sol ou cilíndrica no meio da floresta e sempre com densa folhagem. O tronco é esguio (reto) e arredondado com casca áspera e de coloração amarelo pardacenta ou meio esverdeado escuro na faze juvenil, medindo de 30 a 60 cm de diâmetro. As folhas são aromáticas e cheiram manga verde e o tronco exsuda resina altamente inflamável e muito aromática. As folhas são compostas, imparimpinadas (como pena e terminando com 1 folíolo), com 7 folíolos (razão pelo qual foi dado o nome científico), com raque ou suporte central medindo 15 a 27 cm de comprimento com 2 a 3 pares de folíolos, A lâmina foliar está fixada a raque por pecíolo (haste ou suporte) muito curto e engrossado na base. As flores estão reunidas em fascículos (cacho em forma de buquê) axilares com inúmeras flores vermelhas na antese. Os frutos são do tipo nuculânio, deiscentes (que se abrem) com casca vermelha protegendo 1 ou 2 sementes envolvidas em polpa branca de sabor suave, doce e refrescante. 

Parte da planta para uso: Cascas, folhas e resina.

Constituintes químicos:  Triterpenos (α e β amirinas), taraxastano-3, 20-diol, taraxastan-3-oxo-20-ol, sitostenona.

Formas de uso: Cascas e folhas utilizadas como cicatrizantes e anti-inflamatórias; tribos indígenas utilizam a resina como descongestionante nasal e contra resfriados. 

Indicações: Proteção solar (prevenção de câncer de pele e contra o envelhecimento). A espécie se apresenta como cicatrizante e expectorante, assim como possui ações anti-inflamatória e antimicrobiana. É indicado ainda como estimulante, anti-inflamatório, analgésico, cicatrizante, estimulante, utilizado nas obstruções das vias respiratórias, bronquite, tosse e dor de cabeça.

Observações: É muito utilizado na indústria cosmética como um fixador de perfumes e esfoliante. Contém propriedades antissépticas para peles secas e oleosas.

Referências bibliográficas

CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2006. (Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, v.2).

CORRÊA, M. P.; Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, Imprensa Nacional: Rio de Janeiro, 1926, vol. 1.

FANG, J. M.; Wang, K.C.; Cheng, Y. S.; Phytochemistry 1991, 30, 3383.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1998.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem