Nome científico: Campomanesia
phaea (O.Berg) Mattos
Sinonímias: Abbevillea
phaea O.Berg ,Campoma-nesia phaea (O.Berg) Landrum ,Paivaea
langsdorffii O.Berg ,Paivaea phaea (O.Berg) Mattos
Família: Myrtaceae
Nomes
populares: Ubucabuci, Cambuci, Camoti, Camocim.
Origem: restrita a floresta
atlântica de maior altitude do rio de Janeiro e São Paulo.
Descrição
botânica: Arvore pequena de 3 a 5 m de altura, com copa alongada e
ereta, com tronco de casca descamante em praças irregulares de cor cinza escura
externamente. Os ramos e folhas novas são pubescentes e fuscos (cobertos de
pelo como veludo). As folhas são simples e glabras (sem pelos) com textura
subcoriácea (um pouco mais fina e rija do que o couro) medindo 6 a 10 cm de
comprimento por 3 a 4 cm de largura, sob pecíolo ou haste de 3 a 4 mm de
comprimento. A lâmina foliar tem forma oblonga (mais longa que larga) com base
ovada e do meio até o ápice é lanceolada (com forma de lança), com ponta
acuminada (que se afina rapidamente). As flores são solitárias, hermafroditas,
pentâmeras, isto é, organizadas com números de 5 sépalas carnosas com formato
triangular e 5 pétalas orbiculares (com forma de círculo) com 1,3 cm de
diâmetro e velutina (com superfície semelhante a veludo) na face externa; que
nascem nas axilas das folhas.
Parte
da planta para uso: fruto
Constituintes
químicos: ocimeno,
α-pineno, β- pineno, limoneno copaeno, β-elemeno, β-cariofileno, α-humuleno,
δ-cadineno,, ácido ascórbico e compostos fenólicos.
Formas
de uso: utilizasse principalmente o xarope produzido do seu fruto.
O xarope pode ser diluído na água
quente e bebido como chá. Uma infusão da casca do caule é também utilizada.
Indicações: antioxidante,
atua no combate a gripe, dor de garganta, tosse ou rouquidão. antifúngico e
antibactericida, adjuvante no controle de doenças cardiovasculares, diabetes e
na redução no colesterol.
Observações: Os
primeiros registros descritos do Cambuci mostram uma relação de interação entre
seus usos e os caminhos dos bandeirantes. Nos últimos anos, os trabalhos
publicados sobre a Campomanesia phaea indicam não só o potencial alimentício
da espécie, como também usos farmacêuticos e cosméticos.
Referências
bibliográficas
ADATI,
R. T. Estudo biofarmagnóstico de Campomanesia phaea (O. Berg.)
Landrum. Myrtaceae. 2001. 128f. Dissertação (Mestrado em Farmacognosia) - Faculdade
de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
FUJIHARA,
M.a.; CALVALCANTI, R.; GUIMARÃES, A.; GARLIPP, R. O valor
das florestas. São Paulo: Terra das Artes Editora, 2009. 347p.
GONÇALVES,
Any Elisa de Souza Schimidt. Avaliação da capacidade
antioxidante de frutas e polpas de frutas nativas e determinação dos teores de flavonoides
e vitamina C. 2008. 88 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências dos
Alimentos, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
LEÃO,
Marcelo Machado. Características do óleo essencial extraído
das folhasde Campomanesia phaea (O Berg.) Landrum (Cambuci) em duas
microrregiões da Mata Atlântica. 2012. 124 f. Tese (Doutorado) - Curso de
Ciências, Tecnologia de Produtos Florestais, Universidade São Paulo,
Piracicaba, 2012.
SANTIAGO, Gabriela de Lima. Compostos biativos fenólicos de frutos nativos da família Myrtaceae:: avaliação da bioacessibilidade e do potencial funcional relacionado às doenças cardiovasculares. 2018. 87 f. Dissertação (Mestrado) - Curso e Ciências dos Alimentos, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.
TOKAIRIN, Tatiane de O.; BREMER NETO, Horst; JACOMINO, Angelo P. Cambuci— Campomanesia phaea (O. Berg.) Landrum. Exotic Fruits, [S.L.], p. 91-95, 2018. Elsevier.