MOLEQUE DURO: planta indicada no combate ao reumatismo, artrite e desnutrição

 

Nome científico: Cordia leucocephala Moric.

Sinonímias: Varronia leucocephala (Moric.) J.S.Mill. 

Família: Boraginaceae  

Nomes populares: moleque-duro, bamburral, maria-preta, negro-duro  

Origem:  nativo da caatinga do Nordeste do Brasil

Descrição botânica: arbusto perene, ereto, caducifólio, de 1-2 m de altura, muito ramificado, de ramos lenhosos, nativo dos solos mais férteis da caatinga do nordeste brasileiro. Folhas simples, inteiras, alternas, com pecíolo piloso de menos de 1 cm de comprimento, com lâmina cartácea, áspera, de cor verde-esbranquiçada na face inferior, de 4-11 cm de comprimento. Flores imaculadamente brancas, reunidas em pequeno número em inflorescências capítuliformes terminais.   

Parte da planta para uso: todas as partes da planta são utilizadas.

Constituintes químicos: São ainda desconhecidos a maioria dos constituintes químicos ativos desta espécie, contudo já foram isolados em outras espécies do gênero Cordia semelhantes esta, as substâncias benzopirano, quinonas, triterpenóides e homosesquitriterpenóides. Em estudos recentes Três       naftoquinona,      (11S,13S,       16R)-cordiaquinona    J    ((+)-cordiaquinona    J),    6-[10-(12,12-dimetil-13α-hidroxi-16-metil-ciclohexil]-1,4-naftalenodiona (cordiaquinona L) e 5-metil-6-[10-(12,12-dimetil-13β-hidroxi-16ciclohexil)-metil-1,4-naftalenodiona   (cordiaquinona   M)   foram   isoladas   do extrato etanólico   das   raízes   da planta.

Formas de uso: Na forma de infuso ou decocto, principalmente das folhas, é empregada no tratamento do reumatismo, contra indigestão e como tônico geral . Um xarope preparado com suas flores é indicado para o tratamento do raquitismo infantil e artrites.

Indicações: É indicada no combate ao reumatismo, artrite, desnutrição, esgotamento mental, gota, indigestão e raquitismo .

Observações: Num estudo farmacológico conduzido com esta planta visando validar as propriedades preconizadas pelo uso popular, encontrou uma atividade bactericida contra o germe Bacillus subtilis.

Referências bibliográficas

Agra, M. F. 1996. Plantas da Medicina Popular dos Caríris Velhos - Paraíba - Brasil. PNE, João Pessoa.

Andrade-Lima, D. 1989. Plantas das Caatingas. Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro. p. 126.

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Lorenzi, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3ª edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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