Nome científico: Pouteria caimito (Ruiz &
Pav.) Radlk.
Sinonímias: Achras caimito Ruiz & Pav., Achras guapeba Casar., Guapeba brasiliensis Steud., Guapeba caimito (Ruiz & Pav.) Pierre, Guapeba lasiocarpa (Mart.) Pierre, Guapeba laurifolia Gomes, Labatia caimito (Ruiz & Pav.) Mart., Labatia lasiocarpa Mart., Labatia reticulata Mart., Lucuma caimito (Ruiz & Pav.) Roem. & Schult., Lucuma huallagae Standl. ex L.O. Williams, Lucuma lasiocarpa (Mart.) A. DC., Lucuma laurifolia (Gomes) A. DC., Lucuma laurifolia var. reticulata (Mart.) A. DC., Lucuma temare Kunth, Lucuma ternata Kunth, Pouteria caimito var. laurifolia (Gomes) Baehni, Pouteria lasiocarpa (Mart.) Radlk., Pouteria laurifolia (Gomes) Radlk., Pouteria leucophaea Baehni, Pouteria temare (Kunth) Aubrév., Richardella temare (Kunth) Pierre.
Família: Sapotaceae.
Nomes
populares: abieiro, abi (agulha), abiiba, abio, abiu-grande,
abiurana, caimito, caimito abiurana, guta, cauje, temare, caimo, madura verde.
Origem: origem
na Amazônia Central e mata atlântica costeira.
Descrição
botânica: árvore
perenifólia, que pode crescer até 20 metros de altura. As folhas, cartáceas,
são glabras, dispostas na extremidade dos ramos, e medem de 5 a 20 cm de
comprimento. As inflorescências em fascículo ficam sobre os ramos finos, e as
flores miúdas são perfumadas. O seu fruto globoso ou elipsoide apresenta
coloração amarela e algumas variedades apresentam várias estrias verdes que
riscam o fruto no sentido longitudinal. Possui casca lisa, baga translúcida,
branca ou amarela, mucilaginosa e doce; pode conter em seu interior de 1 a 4
sementes lisas.
Parte da planta para uso: polpa do fruto, casca
externa, raiz, pulverizada, folhas, látex, sementes (óleo).
Constituintes
químicos: glucose; ácidos orgânicos, matéria fibrosa, lucumina
(alcalóide), tanino, proteínas, lipídios, glicerídeos, cálcio, fósforo, ferro,
vitamina B, vitamina B2, ácido ascórbico (vitamina C).
Formas
de uso: A decocção da casca é utilizada para disenteria e febre. O
látex do fruto é usado para combater vermes, prisão de ventre, abscessos para uso
externo, herpes e verrugas. O óleo das sementes é usado em inflamações em
geral, principalmente da pele e otites (inflamação no ouvido).
Indicações: afecção
pulmonar, anemia, diarreia, disenteria, dor de ouvido, febre, inflamação,
malária, otite, sapinho da boca de criança, terçol.
Observações: os frutos são usados
"in natura", quando bem maduros e na fabricação de sorvetes, doces,
refrescos e geleias. Queda de cabelos e na alimentação de pessoas desnutridas,
anêmicas, aliviar tosses, bronquites e afecções pulmonares.
Referências bibliográficas
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