Nome
científico: Plucera
sagittalis (Lam.) Cabrera
Sinonímias:
Comia
sagittalis Lam., Gnaphalium suaveolens Vell, Pluchea quitoc DC. Pluchea
suaveolens (Vell.) Kuntze.
Família: Compositae
(Asteraceae)
Nomes
populares: lucera, erva-lucera, lucero, lucera, quitoco,
tabacarana, madrecravo.
Origem: América
do Sul, especialmente no Sul do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Descrição
botânica: subarbusto
anual ou perene dependendo das condições, ereto, aromático, de caule herbáceo,
cilíndrico, multialado, pouco ramificado. 30-90 cm de altura. Folhas simples,
alternas, rígido-pubescentes, com estipulas se estendendo pelo caule, de 3-5 cm
de comprimento. Flores lilacíneas, em capítulos oblongos reunidos em panículas
corimbiformes terminais. Os frutos são do tipo aquênio muito pequenos.
Parte
da planta para uso: Partes
aéreas, inflorescências.
Constituintes
químicos:
Compostos
fenólicos: ésteres do ácido caféico, ácidos clorogênico e isoclorogênico.
Óleo
essencial: canfeno, l-alcanfor, humuleno, a e b-pineno, d-limoneno, 1,8-cineol,
p-cimeno, citronelol, acetato de bornilo, cariofileno, a-terpineol, acetato de
geraniol, borneol, linalol, a-tuyeno.
Outros:
taraxasterol, heterosídeos flavônicos (quercetina, quercitrina, pirocatequina,
trimetoxi-flavonas), centaureidina, crisofenol D, taninos, saponinas,
leucoantocianidinas, esteróis.
Na
planta inteira foram isolados: cumarinas, pirocatequina, pirocatecol,
floroglucinol, pirogalol e flavonóides (quercitrina, quercetina, pirocatequina).
Formas
de uso: na tradição popular se recomenda beber como digestivo e
expectorante duas xícaras ao dia do chá preparado com pedacinhos da parte aérea
da planta, compreendendo talos e folhas, em água fervente suficiente para uma
xícara das médias.
Indicações:
indicado
no tratamento caseiro de problemas de digestão, embaraços gástricos,
flatulências, dispepsias nervosas, gases, inflamação no útero, rins e bexiga,
reumatismo, resfriados e bronquites.
Observações:
Na
Argentina e países vizinhos é recomendado a infusão das folhas e capítulos
florais como sedativo, colagogo, colerético, antiespasmódico, anti-flatulência,
febrífugo e contra a gonorreia. Os ramos e as folhas em decocção são empregados
para tratar a tosse e febre, e uso externo para lavar e desinfetar erupções e
feridas.
Referências bibliográficas
Braga,
R.A., 1960. Plantas do Nordeste, especialmente do Ceará, 2a edição. Impr. Oficial,
Fortaleza. 540 pp.
HORTO
DIDÁTICO UFSC: < https://hortodidatico.ufsc.br/ >
Acesso em 25/01/2023
Lorenzi,
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