SUCUÚBA: árvore amazonense cujas folhas são uteis para combater herpes, impigens e verrugas

 

Nome científico: Himatanthus sucuuba (Spruce ex Mull. Arg.) Woodson. 

Sinonímias: Himatanthus articulatus (Vahl) Woodson.

Família: Apocynaceae

Nomes populares: janauba, caracucha, caracuchu-blanco, janaguba, leiteiro, pau-de-leite, sanango, sucuba, sucuba-janaguba, sucuuba, sucuuba-verdadeira, tiborna, ucuuba.

Origem: América do Sul

Descrição botânica: Arvore com 20-30m de altura com ramulos verrucosos. Folhas elípticas, elíptico-ovadas, ovadas ou oblongas, com 20-28cm de comprimento e 5-7cm de largura, ápice acuminado ou agudo, base bruscamente atenuada. Inflorescências paucifloras dotadas de bracteas com 1-1,5cm de comprimento; flores com cálice de lobos denteados; corola alva com tubo de comprimento igual ao dos lobos; androceu com estames quase basalmente insertos, com anteras pubescentes; gineceu com ovário ovoide e estigma sub-sessil truncado. Fruta capsula lenhosa com cerca de 2,5cm de comprimento e 3,5cm de diâmetro, com deiscência ventral e sementes elipsoides aladas.

Parte da planta para uso: látex, casca, folha.

Constituintes químicos: Iridoides (plumericina, isoplumericina), cinamato, triterpenoides, ácidos orgânicos, açúcares redutores, antraquinona, catequina, saponina, taninos.

Formas de uso: o chá da casca e usado contra dores do estomago, fígado e intestino, sendo que neste último a casca deve ser seca, ralada e fervida, cuidando-se para não engordar. O látex possui efeitos anti-inflamatório, analgésico e, em pequenas doses, e anti-helmíntico. O látex fresco e utilizado em ferimentos pelos índios Karijonas . Para tratar infecções causadas pela mosca-da-berne (Dermatobius hominis) e colocado sobre a picada para sufocar e matar a larva. Quando algumas gotas do látex são misturadas a água, combatem úlceras. Puro com café ajuda a combater a tuberculose e problemas pulmonares e com limão assado (Citrus aurantifolia var. limonis) auxilia no combate a quebraduras, amidala e baques. A infusão do látex e útil como febrífugo e antirreumático. O uso tópico do látex e empregado contra afecções da pele e no alívio de coceiras. Aplicado externamente atua como cicatrizante, quando utilizado na forma de emplastros. Contra bolhas na pele, fraturas e hernias deve-se apenas aplicar o látex sobre o local. Recomendado também para dores lombares, devendo-se friccionar o látex ou usá-lo em cataplasma A decocção das folhas e usada internamente contra constipação, dores e irritação do estomago e na expulsão de vermes). A infusão de 3g de folhas em 200ml de água e empregada como vermífugo. As folhas também podem ser uteis para combater herpes, impigens e verrugas, devendo ser feito cataplasma de folhas frescas esmagadas. A infusão do fruto e utilizado como febrífugo e antirreumático.

Indicações: Dor, inflamação, tumor, infecção, úlcera, câncer, ferida, cândida, tuberculose, sífilis, sarna, asma, reumatismo, problemas de pele, problema digestivo, leishmaniose.

Observações: Sucuuba é uma planta medicinal amplamente respeitada na fitoterapia da Amazônia e América do Sul. Muitos de seus usos tradicionais foram verificados por pesquisas. É uma planta que deve ser usada com cautela, pois, em excesso pode causar diarreias e desidratação. O látex da casca e venenoso, mas em pequenas doses tem valor terapêutico.

Referências bibliográficas

BERG, M.E. van den. Plantas medicinais na Amazônia: contribuição ao estudo sistemático. Belém: CNPq, 1982. 48p.

CORREA, M.P. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Colaboração de Leonan de A. Penna. Rio de Janeiro: IBDF, 1984.

DI STASI, L.C.; HIRUMA-LIMA, C.A. Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2.ed. São Paulo: UNESP, 2002. 604p.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 1998. v.2.

REVILLA, J. Plantas úteis da Bacia Amazônica. Manaus: INPA, 2002. v.1

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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