CODEINA: alcaloide encontrado em extratos de ópio da papoula e é comumente utilizado para tratar dores e tosses leves a moderadas.

 

Papaver somniferum (papoula)

A codeína é um dos alcaloides vegetais naturais encontrados em extratos de ópio da papoula (Papaver somniferum) e é comumente usada para tratar dores e tosses leves a moderadas. Analgésico opioide relacionado à morfina, mas com propriedades analgésicas menos potentes e efeitos sedativos leves. Ela também atua centralmente para suprimir a tosse. Codeína ou metilmorfina é um opiáceo usado por suas propriedades analgésicas, antitussígenas e antidiarreicas. É comercializado como os sais sulfato de codeína e fosfato de codeína. O cloridrato de codeína é mais comumente comercializado na Europa continental e outras regiões. A codeína é um alcaloide encontrado no ópio em concentrações que variam de 0,3 a 3,0 por cento. Embora a codeína possa ser extraída do ópio, a maior parte da codeína é sintetizada a partir da morfina através do processo de O-mutilação.  Teoricamente, uma dose de aproximadamente 200 mg (oral) de codeína deve ser administrada para dar analgesia equivalente a 30 mg (oral) de morfina. Não é utilizada, entretanto, em doses únicas superiores a 60 mg (e não superiores a 240 mg em 24 horas), pois há efeito teto. 

Codeína

Grande parte da codeína utilizada com finalidades médicas é preparada através da metilação da morfina. De menor potência que a morfina, utiliza-se também em combinação com outros analgésicos da classe dos não opioides, como ácido acetilsalicílico e paracetamol. Maior benefício pode ocorrer quando combinado com paracetamol (acetaminofeno) ou um medicamento anti-inflamatório não esteroidal (AINE), como aspirina ou ibuprofeno. As evidências não apoiam seu uso para supressão da tosse aguda em crianças ou adultos. Geralmente começa a funcionar após meia hora, com efeito máximo em duas horas. Seus efeitos duram cerca de quatro a seis horas. A codeína apresenta potencial de abuso semelhante a outros medicamentos opioides.

Codeína

Os efeitos adversos mais comuns incluem vômitos, constipação, coceira, tontura e sonolência. Efeitos colaterais graves podem incluir dificuldades respiratórias e dependência. Não está claro se seu uso na gravidez é seguro. Seu uso a partir de 2016 não é recomendado em crianças. A codeína funciona após ser decomposta pelo fígado em morfina; a rapidez com que isso ocorre depende da genética de uma pessoa. A codeína foi descoberta em 1832 por Pierre Jean Robiquet. Em 2013, cerca de 361.000 kg (795.000 lb) de codeína foram produzidos enquanto 249.000 kg (549.000 lb) foram usados, o que o tornou o opiáceo mais comumente consumido. Está na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde. 10% da população caucasoide não consegue converter a codeína em morfina no fígado, por defeitos genéticos. Ela é encontrada no ópio em concentrações de 0,9 a 3,0%. Ela pode ser encontrada nas seguintes espécies:

REINO

FAMÍLIA

ESPÉCIES

Plantae

Papaveraceae

Papaver setigerum

Plantae

Papaveraceae

Papaver somniferum 

Referências Bibliográficas

Berlin, C. M., & McCarver-May, D. G. (1997). Use of codeine-and dextromethorpan-containing cough remedies in children. Pediatrics, 99(6), 919-921.

Caraco, Y., Sheller, J., & Wood, A. J. (1996). Pharmacogenetic determination of the effects of codeine and prediction of drug interactions. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, 278(3), 1165-1174.

Iedema, J. (2011). Cautions with codeine.

Moore, A., Collins, S., Carroll, D., & McQuay, H. (1997). Paracetamol with and without codeine in acute pain: a quantitative systematic review. Pain, 70(2-3), 193-201.

Sindrup, S. H., & Brøsen, K. (1995). The pharmacogenetics of codeine hypoalgesia. Pharmacogenetics, 5(6), 335-346.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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