Nome científico: Quassia amara L.
Sinonímias: Quassia
alatifolia Stokes, Quassia officinalis Rich.
Família: Simaroubaceae.
Nomes
populares: Amargo, pau-amarelo, pau-quassia, quassia,
quassia-amarga, quassia-de-caiena, quina, quina-quina, quinarana.
Origem: América
Tropical, principalmente do norte do Brasil.
Descrição
botânica: Arbusto grande ou arvoreta de 4-7m de altura, dotado de
copa estreita e mais ou menos rala; apresenta folhas pinadas, raquis alado, folíolos
oblanceolados, 6-15cm de comprimento, 2,5-3,5cm de largura, de ápice
abruptamente acuminado e base atenuada. Inflorescências terminais racemosas
espiciformes, flores com cálice 5-lobado, com lobos oblongo-triangulares;
corola vistosa vermelho-vivo, glabra com 3,5 a 4,5cm de comprimento, androceu
com dez estames, inserido no disco cupuliforme, gineceu apocárpico com ovário
glabro, estilete alongado, estigma diminuto, pentas sulcados. Fruto drupáceo
ovoide, com 1-1,5cm de comprimento e 2,3cm de diâmetro, semente ovada.
Parte
da planta para uso: folha, cascas, raízes e madeira.
Constituintes químicos: Quassina e neoquassina, quassimarina e simalikalactona D, hidroxiquassina, dehidroquassina, isoquassina, paraina, isoparaina, nigacillactona, quassialactol, nor-quassina, e 12α-hidroxi-13,18-dehidroparaina, 11-acetilparaina, quassinol e quassol A, 18-hidroxiquassina e 14-15-dehidroquassina, 16α-O-metilneoquassina, 1-α-O-metilquassina, Os derivados da cantina: 3-metilcantina-2,6-diona; 5-hidroxi-3-metil-4-metoxicantina- 2,6-diona; 3-metilcantina-5,6-diona; 2-metoxicantina-6-ona; 5-hidroxi-4-metoxicantina-6-ona e 3-N-oxido de 5-hidroxi-4-metoxicantina-6-ona. Os derivados de s-carbolina: 1-vinil-4,8-dimetoxi-s-carbolina; 1-metoxicarbonil-s-carbolina, Os derivados da cantina: 3-metilcantina-2,6-diona; 5-hidroxi-3-metil-4-metoxicantina- 2,6-diona; 3-metilcantina-5,6-diona; 2-metoxicantina-6-ona; 5-hidroxi- 4-metoxicantina-6-ona e 3-N-oxido de 5-hidroxi-4-metoxicantina-6-ona. Os deri-vados de s-carbolina: 1-vinil-4,8-dimetoxi-s-carbolina; 1-metoxicarbonil-s-carbolina, Acido malico. Ácido galico, ácido gentisico.
Formas
de uso:
-Decocção: duas colheres (sopa) de cascas picadas em um litro de água por 15 minutos. Tomar duas xicaras de chá ao dia
-Infusão:
meia colherada (chá) de pó da madeira em uma xicara de agua fervente, ingerida dez
a 15 minutos antes das refeições ou durante. Alternativamente, seis colheres
(sopa) de folhas picadas em um litro de água fervente.
-Maceração a frio: duas colheres (chá) de madeira picotada ou em pó são deixadas em água fria uma noite e bebidas para eliminar parasitos internos, cálculos na vesícula e problemas de digestão. A mesma maceração pode ser aplicada topicamente na pele ou no couro cabeludo para eliminar ectoparasitos.
- Uso
externo: banhos nos casos de sarampo
Indicações: Inseticida
natural, possui atividades antiofídica, antimalárica, anti-inflamatória, anti-helmíntica,
antibacteriana, antiulcerogênica, antileucêmica,
antileishmania e estimuladora do sistema imune, hormonal e ação antifertilidade,
antiviral, aumenta o efeito sobre o sono induzido por barbitúricos.
Observações: Em
doses normais (1g/dia, via oral em ratas), nenhum efeito adverso foi observado,
mas altas dosagens do extrato do caule e das sementes produzem vômitos, irritação
da mucosa gástrica. Se for ingerida em excesso, pode causar depressão. A Quassia
amara e conhecida como a planta mais amarga, embora essa propriedade possa
levar a uma confusão no mercado com a Picrasma excelsa (Sw.) Planch., a qual é conhecida
como quassia-da-Jamaica.
Referências
bibliográficas
ALONSO,
J.
Tratado de Fitofarmacos y Nutraceuticos. 1. ed. Buenos Aires: Editorial Corpus,
2004.
CACERES,
A.
Plantas de Uso Medicinal en Guatemala. Guatemala: Editora Universitaria San
Carlos de Guatemala, 1996.
CECCHINI,
T.
Enciclopedia de las Hierbas y de las Plantas Medicinales. Barcelona: Vecchi,
1971.
CHERNOVIZ,
P. L. N. A Grande Farmacopeia Brasileira. 19. ed. Belo Horizonte:
Itatiaia, 1996.
LORENZI,
H. E. & MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil. 2. ed.
Sao Paulo: Instituto Plantarum, Nova Odessa, 2008.
MARTINEZ,
N.
Las Plantas Medicinales de Mexico. Mexico: Botas, 1992.
NUNEZ-MELENDEZ,
E.
Plantas Medicinales de Costa Rica y su Folclore. San Jose: Editora Universitária
Costa Rica, 1975.