Nome
científico: Rauwolfia serpentina
Sinonímias: Ophioxylon
majus Hassk.
Família: Apocynaceae
Nomes
populares: raiz de cobra indiana,
pimenta do diabo.
Origem: originada
da Ásia, cultivada também na África e na América Central.
Descrição botânica: é um arbusto de 50 cm a 1 metro de altura, perenifólia e com uma grande raiz principal. As folhas, nos verticilos 3 a 5, têm lâmina elíptica a lanceolada, membranosa, glabra, verde brilhante. As flores, pequenas, brancas, rosadas ou arroxeadas, 5-meras, agrupam-se em cimas corimbose. O tubo da corola é muito longo. O cálice é vermelho. Os frutos são drupas pretas com uma semente.
Parte
da planta para uso: Rizoma e raiz
Constituintes
químicos: A planta contém 200 alcaloides da família indol. Os
alcaloides principais são ajmalina, ajmalicina, ajmalimina, deserpidina, indobina,
indobinina, reserpina, reserpilina, rescinnamina, rescinnamidina, serpentina,
serpentinina eyohimbina.
Formas
de uso: Os antigos hindus já utilizavam o extrato de uma planta chamada
Rauwolfia para combater desde insônias a distúrbios mentais. É utilizado na
forma de decocção das folhas ou raízes e o pó das folhas ou raízes. para decocção, coloque 2 colheres de sopa para um
litro de água. Deixe cozinhar por cerca de 10 minutos a partir do momento em
que se inicia a ebulição, após esse tempo, retire do fogo e deixe repousando,
tampada, por 10 minutos. Coe e está pronto para o uso.
Indicações: tranquilizante,
calmante cardíaco, antitérmico, sedante e para o tratamento de psicoses.
Observações: o extrato da planta é usado a milênios na Índia, Alexandre o Grande administrou esta planta para curar um dos seus generais de uma flecha envenenada. Mahatma Gandhi tomou esta planta como um tranquilizante durante a sua vida. O alcaloide reserpina, presente em grande quantidade na planta, é uma substância carcinogênica. Portadores de arritmia cardíaca, infarto do miocárdio, bronquite, asma e úlcera gástrica não devem usar a planta. Pode ocorrer congestão nasal, letargia, vertigem, problemas gastrintestinais, dispneia, astenia, edema, urticária; elevadas doses podem causar insônia, parkinsonismo e depressão mental severa, podendo levar ao suicídio. Uso longo (em torno de 10 anos) pode causar esterilidade.
Referências
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