Nome
científico: Cabralea canjerana (Vell.) Mart.
Sinonímias: Cabralea
glaziouvii C.DC.
Família: Meliaceae
Nomes populares: canjerana, canharana, canjerana-vermelha, caierana, pau-de-santo, cajarana.
Origem: ocorrem
da Bahia ao Rio Grande do Sul.
Descrição
botânica: Árvore caducifólia, espécie pioneira, secundária tardia
tolerante a sombra. Sua altura atinge 25 m e seu diâmetro 40 cm. Suas folhas
são opostas, compostas, paripenadas com 10 a 20 pares de folíolos opostos. As
flores possuem cor branca-esverdeadas. Frutos com cápsula globosa ou elipsoide.
possui látex branco e pegajoso com até 10 sementes.
Parte
da planta para uso: folas, casca e raiz.
Constituintes
químicos: diterpenos e esteroides.
Formas de uso: Do suco que escorre da casca faz-se chá para combater doenças de pele, diarreias, prisão de ventre e febres. A raiz é purgativa, antitérmico adstringente, emético. As folhas também têm propriedades antitérmicas, não deve ser usada por gestantes. A casca fervida pode ser aplicada em feridas e inflamações dos testículos.
Indicações: adstringente, fortificante, purgativo,
antidispéptico, antitérmico e emético.
Observações: Os índios usam as sementes e a casca do caule para o tratamento de manchas brancas da pele (micose), meningite, dor de cabeça. da casca é extraído um corante vermelho utilizado no tingimento de pelegos (pele de ovelha curtida que fica entre o cavalo e a sela).
Referências
bibliográficas
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