Nome
científico: Marsypianthes chamaedrys (Vahl) Kuntze
Sinonímias: Hyptis
chamaedrys (Vahl) Willd., Marsypianthes hyptoides Mart. ex Benth.. Hyplis
pseudochamedrys Poit., Clinopodium chamaedrys Vahl
Família: Labiatae
(Lamiaceae).
Nomes
populares: paracari, paracaru, betônica-brava, hortelã-do-campo,
erva-do-paracari, alfavaca-de-cheiro, rabugem-de-cachorro, erva-de-cobra,
coração-de-frade, vassoura, bóia-caá, hortelã-do-brasil.
Origem: nativa
do Continente Americano e encontrada em todo o território brasileiro.
Descrição
botânica: herbácea anual, aromática, de ramos prostrados ou
decumbentes, pubescente, muito ramificada, de 30 a 60 cm de altura, possui folhas
simples, membranáceas, pecioladas, densamente revestida por pubescência branco-translúcida,
de 2 a 4 cm de comprimento. Flores violetas, dispostas em fascísculos
(capítulos) longo-pedunculados axilares.
Parte
da planta para uso: Folhas e raízes.
Constituintes
químicos: esteroides (sitosterol e estigmasterol),
triterpenos (incluindo os ácidos oleanóico, ursólico e tormêntico, germanicol,
chamaedridiol, a-amirina e b-amirina) e o flavonóide rutina. Os principais
constituintes do óleo essencial são o b-burbuneno , elemeno e g-cadineno , β-Elemene,
(E)-caryophyllene,
α-humulene,
germacrene D, bicyclogermacrene, δ-cadinene,
spathulenol, caryophyllene oxide, and globulol.
Formas
de uso: O chá de suas raízes é usado contra anemia e dor de cabeça.
O suco da planta é utilizado tanto interna como externamente contra mordedura
de cobra, bem como esfregado sobre a pele contra mordidas de mosquitos e
pernilongos. Indígenas da Amazônia ocidental usam uma mistura de suas folhas
com as de Lippia alba em decocção para o tratamento de diarreia. Nas
Guianas é usado a infusão de suas hastes e folhas como bebida digestiva, como
laxativa e para aliviar dores intestinais; já o seu decocto é usado contra dor
de cabeça.
Indicações: É
considerada febrífuga, antiespasmódica, carminativa, Antiinflamatória,
analgésica e moluscicida.
Observações: planta
de crescimento vigoroso em lavouras agrícolas perenes, pastagens, terrenos
baldios e beira de estradas, onde é considerada planta daninha.
Referências
bibliográficas
Grenand,
P., C. Moretti. & H. Jacquemin. 1987. Pharmacopées
Traditionnelles en Guyane: Créoles, Palikiir, Wavãpi. Editorial ORSTROM, Coll.
Mera No. 108. Paris, France.
Lorenzi,
H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil:
nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.
Lorenzi,
H.
2000. Plantas Daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas,
3a edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa. 640 295 pp.
HORTO
DIDÁTICO UFSC: <https://hortodidatico.ufsc.br/ >
Acesso em 05/05/2023
Mors,
W.B.; C.T. Rizzini & N.A. Pereira. 2000. Medicinal Plants of
Brazil. Reference Publications, Inc. Algonac, Michigan.
Menezes,
F.S., Borsatto, A.S., Pereira, N.A et al., 1998, Chamaedrydiol,
an ursane triterpene from Marsypianthes chamaedrys,Phytochemistry, 48 (2):
323-25,.
Pereira,
E.F.R. & N.A. Pereira. 1988. Atividade antiinflamatória e
analgésica de um extrato etanólico do paracari ou bóia-caá (Marsypianthes
hyptoides (Mart.), Lamiaceae). An. Acad. Brasil. Ciências 60:263-264.
Schultes,
R.E. & R. F. Raffauf. 1990. The Healing Forest. Medicinal and
Toxic Plants of the Northwest Amazônia. Dioscorides Press. Portland. OR.