Nome
científico: Hura crepitans L.
Sinonímias: Heterotípico
Hura brasiliensis Willd. ,Heterotípico Hura crepitans var. genuína Müll.Arg. ,Heterotípico Hura crepitans var. membranacea Müll.Arg.
,Heterotípico Hura crepitans var. oblongifolia
Müll.Arg. ,Heterotípico Hura crepitans var.
orbicularis Müll.Arg. ,Heterotípico Hura
crepitans var. ovata Müll.Arg. Heterotípico
Hura crepitans var. senegalensis Müll.Arg. ,Heterotípico Hura crepitans var. strepens Müll.Arg.
,Heterotípico Hura senegalensis Baill. ,Heterotípico Hura strepens Willd.
Família: Euphorbiaceae
Juss.
Nomes
populares: Assacú; assacú-vermelho; assacú-preto; Inupupu; Assacu
Origem: Amazônia
Descrição
botânica: Espécie arbórea de grande porte, tem altura média de 20 a
40 m. O caule todo reveste-se de espinhos de 1 a 2 cm, a casca é de coloração
parda. Apresenta separadamente as flores femininas (solitárias) e
masculinas, sendo estas em inflorescência do tipo espiga. O fruto tem
aparência de uma moranga, com cerca de 8 cm de diâmetro e sua abertura é
explosiva lançando suas sementes a até 14 m de distância.
Parte
da planta para uso: Flores, brácteas, folhas e casca
Constituintes
químicos: Toxialbumina, crepitina e hurina, glutamato, arginina,
leucina, alcaloides, flavonoides, taninos, esteróides e compostos fenólicos,
além de ácido dafnetoxina, apocinina, metilpentadecanoato, huratoxina,
5-(hidroximetil)-furan-2-carbaldeído,
3,5-dihidroxi-6-metil-2,3-dihidro-4H-piran-4-ona, nitrocumarina, metil
14-metilpentadecanoato, ácido hexadecanoico, lino-elaidato de metila,
9,12,15-octadecatrienoico-1-ol, ácido esteárico e éster metílico.
Formas
de uso: As flores masculinas ou as brácteas frescas são
preparadas em forma de chá por infusão para uso tópico, o efeito é muito rápido
e deve ser interrompido assim que o furúnculo começar a amolecer; as folhas são
trituradas com água e utilizadas topicamente para reumatismo e abcessos. Decocção
da casca para banho contra dores e para tratamento da hanseníase
Indicações: antimicrobiana,
antioxidante, antiviral, hepatoprotetor, antidiabética, anti-inflamatória e
antifúngica.
Observações: O
uso do látex é contraindicado, devido a presença de compostos tóxicos como a
huratoxina . Os compostos crepitina e hurina (albuminas), também possuem
efeitos tóxicos e são encontrados em todas as partes da planta. A semente possui
óleo venenoso na dose de 4 g. As sementes causam vômitos, constrição da
garganta, diarreia, tenesmo e síncope. O leite causa ulcerações em contato com
a pele e mucosa.
Referências
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