Nome
científico: Myroxylon peruiferum L. f.
Sinonímias: Myroxylon
balsamum (L.) Harms, Toluifera peruifera (L. f.) Bail., Myrospermum
pedicellatum Lam.
Família: Legummosae-Papilionoideae
(Faba-ceae)
Nomes
populares: bálsamo, cabreúva, cabreúva-vermelha, pau-de-incenso,
cabo-reíba-vermelha, caboriba, pau-de-bálsamo, pau-vermelho, puá, caboriba,
óleo-vermelho, óleo-cabreúva, sangue-de-gato, quina-quina, óleo-bálsamo,
bálsamo-de-tolu, bálsamo-do-peru.
Origem: nativa de quase todo o Brasil e outros países
da América do Sul.
Descrição
botânica: árvore semidecídua, de 15-25 m de altura, de copa
arredondada e pouco densa, com tronco cilíndrico, de cor acinzentada, de 60-80
cm de diâmetro, os ramos e tronco liberam por incisão uma resina aromática denominado
“bálsamo” conhecida internacionalmente como “bálsamo-de-tolu”. Folhas compostas
pinadas, com 9-13 folíolos de 5- 10 cm de comprimento. Flores esbranquiçadas,
suavemente perfumadas, dispostas em panículas axilares e terminais. Os frutos
são sâmaras de cerca de 5 cm de comprimento, com forte aroma de cumarina.
Parte
da planta para uso: folhas, frutos e resina.
Constituintes
químicos: a resina (bálsamo) contém na sua composição 50-64% de
óleo volátil e 20-28% de resina. O óleo volátil contém como ingredientes ativos,
ésteres dos ácidos benzoico e ciânico, bem como pequenas quantidades de
nerolidol e ácidos benzoico e ciânico livres.
Formas
de uso: Para afecções das vias urinárias é recomendado o seu
chá, preparado adicionando-se água fervente em 1 xícara (chá) contendo 1 colher
(sopa) de folhas picadas e administradas 1 xícara (chá) duas vezes ao dia
durante 5 dias. É considerado altamente eficaz nos casos de sarna, destruindo
os ovos e os próprios ácaros causadores da coceira, sendo também muito útil nos
casos de prurido e em estágios mais avançados de eczemas
Indicações: bronquites,
laringite, dismenorreia, disenteria e leucorreia.
Observações: O uso indígena do seu bálsamo-de-tolu, motivou a inclusão desta planta na Farmacopeia alemã no século XVII, seguido da sua exportação para a Europa a partir daí para uso como bactericida, fungicida e parasiticida nos casos de sarnas, impingens, bicho-de-pé, ulcerações superficiais, raches e frieiras. Atualmente é amplamente usado em preparações tópicas para o tratamento de feridas, úlceras e sarnas, podendo ser encontrado em tônicos capilares, produtos anticaspas, desodorantes, sabonetes, cremes, loções e sprays higiênicos. Tem sido empregado também como aditivo de xaropes para tosse e de produtos para inalação, com propriedades antissépticas e expectorantes
Referências
bibliográficas
Blumenthal,
M.1997.
Plant Medicines from the New World - Whole Foods. 114 pp.
Grieve,
M.
1977. A Modem Herbal. Dover Publications.
Lueng,
G. & S. Foster. 1996. Encyclopedia of Common Natural
Ingredients. Ed. Wiley & Sons, NY.
Lorenzi,
H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil:
nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.
Morton,
J.F. 1977. Major Medicai Plants: Botany, Culture and Uses. Charles C. Thomas
Ed. Springfield, IL.
Panizza,
S.
1998. Plantas que Curam (Cheiro de Mato) - 3a edição. IBRASA, São Paulo. 280
pp.
Rutter,
R.A.
1990. Catálogo de Plantas Utiles de la Amazônia Peruana. Instituto Lingüístico
de Verano. Yarinacocho, Peru.