CARAPIÁ: erva rasteira cujo chá preparado por decocção é usado como digestivo, diurético e anti-anêmico

 

Nome científico: Dorstenia asaroides Gardn.

Sinonímias: Dorstenia reniformis Pohl. ex Miq., Dorstenia hydrocotyle Mart. ex Miq.

Família: Moraceae   

Nomes populares: caapiá, caiapiá, apií, caiapiá-açu, caiapiá-verdadeiro, carapá, carapiá, carapiá-do-grande, chupa-chupa, conta-de-cobra, contra-erva, contra-veneno, eiú, taropé, teju-açu, tiú, liga-osso, liga-liga. 

Origem: nativa do Brasil.

Descrição botânica: erva rasteira ou semi-ereta, rizomatosa, de 15-25 cm de comprimento, folhas simples, membranáceas, reniformes, opacas, longo pecioladas, de 3-7 cm de comprimento. Flores muito pequenas, unissexuais, reunidas num receptáculo capituliforme. 

Parte da planta para uso: folhas, raízes, rizomas e infrutescências.

Constituintes químicos: óleos voláteis, óleos essenciais, amido, ácidos donstênico, secrópico, gorduroso, substância albuminosas e pécticas, sais inorgânicos sacarina, dorestina, caapina, secropina.  

Formas de uso: São empregadas suas folhas, raízes, rizomas e infrutescências, tanto na forma de chá, como de pó da planta seca e pulverizada e da goma ou amido extraído dos rizomas, designado como goma de caapiá. O chá preparado por decocção ou infusão de seus rizomas, quase sempre referido como raízes, é usado como digestivo, diurético, sudorífíco, anti-febril, anti-anêmico, emenagogo e como medicação caseira contra bronquites e cólicas uterinas.

Indicações: afecção no aparelho respiratório e reprodutor (útero), afecção urinária, amenorreia, anemia, bronquite, cólica, diarreia, febre, febre tifoide, fratura, gangrena, infecção gástrica, malária, orquite, perturbação gástrica.

Observações: Tem sido empregado por populações indígenas e rurais como contraveneno nos casos de picada de cobras e, para tratamento da febre tifoide e outras infecções do aparelho digestivo, das vias respiratórias e da atonia digestiva. Há registro na literatura etnofarmacológica do uso de suas folhas na forma de compressas locais para consolidar fraturas ósseas e dos rizomas, na forma de cataplasma, como anti-inflamatório e anestésico de ação local.

Referências bibliográficas

Albuquerque, J.M., de. 1989. Plantas Medicinais de Uso Popular. ABEAS, Brasília. 100 pp.

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Mors, W.B., C.T. Rizzini & N.A. Pereira. 2000. Medicinal Plants of Brazil. Reference Publications, Inc.

Rodrigues, V.E.G. & D.A. de Carvalho. 2001. Plantas Medicinais no Domínio dos Cerrados. Editora UFLA.Lavras, MG. 180 pp.

Van den Berg, M.E. 1993. Plantas Medicinais na Amazônia - Contribuição ao seu conhecimento sistemático. Museo Paraense Emílio Goeldi, Belém.

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