Nome
científico: Argemone mexicana L.
Sinonímias: Argemone
leiocarpa Greene, Argemone mexicana var. leiocarpa (Greene) G.B. Ownbey, Argemone
mexicana var. lutea Kuntze, Argemone spinosa Moench., Argemone versicolor Salisb.,
Argemone vulgaris Spach, Argemone ochroloeuca Sweet, Argemone mexicana var. ochroleuca
(Sweet) Lindl.
Família: Papaveraceae
Nomes
populares: cardo-santo, figueira-do-inferno, papoula-espinhosa,
papoula-do-méxico, figo-do-inferno, cardo- amarelo, cardo-santa-maria,
papoula-de-espinho, cardo-bento, cardo-santo.
Origem: É
originária do México.
Descrição
botânica: planta espinhosa, de porte herbáceo, com até 1 m de
altura, anual, com folhas lobadas, sésseis. Flores grandes com pétalas de cor
amarela-brilhante, muito vistosas. Fruto do tipo cápsula deiscente, oblongo-angulosa,
fortemente aculeado, com numerosas sementes oleaginosas, pretas e esféricas.
Suas partes exsudam um látex amarelo quando feridas.
Parte
da planta para uso: planta toda, seiva, sementes, óleo das
sementes.
Constituintes
químicos: Óleo fixo derivado do ácido linoléico, cetoácidos, flavonoides (luteolina), proteinas (na torta), alcaloides isoquinolínicos.
Formas
de uso: Nos casos de dor-de-dente e abcessos nas gengivas usa-se
o chá na forma de bochechos; o chá é feito, fervendo-se uma colher das de sopa
de folhas trituradas em água suficiente para uma xícara das médias. Como
medicação calmante e narcótica nos casos de insônia e inquietação nervosa é
indicado o infuso, preparado adicionando-se 1 xícara das médias de água
fervente sobre uma colher das de café das sementes bem trituradas; doses
maiores servem como purgativa e vomitiva
Indicações: cancro,
catarro, cólica flatulenta, doenças de pele, enxaqueca, intestino preso,
opacidades das córneas, oftalmia, úlceras, verrugas.
Observações: doses
excessivas podem causar intoxicações. Tem alcaloides isoquinolínicos tóxicos
nas sementes que podem provocar uma necrose das células do fígado, sendo seu
uso desaconselhado para formulações caseiras e laboratórios fitoterápicos sem
especialização avançada.
Referências
bibliográficas
Lorenzi,
H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil:
nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.
Lorenzi,
H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e
tóxicas, 3a edição. Instituto Plantaram. Nova Odessa - SP. 640 pp.
Dias-da-Rocha,
F.
1945. Formulário therapeutico de plantas medicinaes cearenses, nativas e
cultivadas, Tipografia Progresso, Fortaleza, 258 pp.
Sousa,
M.P., M.E.O. Matos, F.J.A. Matos et al. Constituintes químicos de
plantas medicinais brasileiras, Impr. Universitária / UFC, Fortaleza, 416 pp.