SECURININA: alcaloide obtido da folha da Securinega suffruticosa Rehd. que apresenta atividade antitumoral, anti-inflamatória e reduz a pressão arterial

 

Securinega suffruticosa Rehd.

A securinina é um alcaloide que foi isolada pela primeira vez por um estudioso soviético da região de Wusuli, mas sua estrutura química foi separada e finalmente determinada por estudiosos chineses. A securinina é obtida da folha da Securinega suffruticosa Rehd., na qual a securinina é o alcaloide mais importante. 

Securinina

Origem: Securinega suffruticosa Rehd.

Nome químico: (6S,11aR,11bS) -9,10,11,11a-Tetrahidro-8H-6,11b-metanofuro[2,3-c]-pirido [1,2-a]azepina-2(6H)-ona

Fórmula molecular: C13H15NO2

Securinina

Ela possui propriedades farmacológicas com efeito em atividades nervosas e tem ainda efeitos antitumorais, anti-inflamatórios e antivírus, melhora a função hematopoiética da medula óssea e reduz a pressão arterial. É amplamente utilizado na prática clínica, principalmente para o tratamento das sequelas da poliomielite e paralisia do nervo facial. No entanto, existem algumas reações adversas no processo de tratamento clínico, como dano hepático, transaminase sérica elevada ou leve tremores e outros fenômenos de estimulação nervosa. Portanto, é preciso explorar alternativas que tenham efeitos colaterais menores e desenvolver novos medicamentos aplicando tecnologia avançada para regular a aplicação clínica da securinina. O efeito farmacológico da securinina manifesta-se principalmente como um efeito excitatório do sistema nervoso. Como um inibidor do receptor GABA, tem um efeito excitatório semelhante ao da estricnina na medula espinhal. Uma dose baixa de securinina pode melhorar a excitabilidade da reflexão cerebral, enquanto uma alta dose causará febre convulsões , no entanto, ela pode fortalecer o reflexo condicionado do córtex cerebral, encurtar o período de latência, e promover a aprendizagem e aumentar a capacidade da memória, e por isso espera-se que seja uma droga promissora para o tratamento da doença de Alzheimer. Atualmente, pesquisas sobre a bioatividade da securinina, especialmente o mecanismo por qual excita o sistema nervoso central, fez progressos significativos. Mais e mais novos efeitos farmacológicos estão descobertos gradualmente. O uso clínico da aplicação de securinina não se limita a doenças neurológicas; também tem o potencial para tratar hipertensão, doença de Alzheimer e tumores. No entanto, pesquisas sobre suas reações químicas e modificação estrutural ainda são escassas, e pesquisas mais amplas precisam ser realizadas. Espécies que contém securinina na sua composição química:

REINO

FAMILIA

ESPÉCIES

Plantae

Phyllanthaceae

Breynia coronata

Plantae

Phyllanthaceae

Phyllanthus discoides

Plantae

Phyllanthaceae

Securinega suffruticosa

Plantae

Phyllanthaceae

Securinega suffruticosa var. amamiensis

Plantae

Phyllanthaceae

Securinega virosa

Plantae

Polygalaceae

Securidaca longepedunculata

Referências Bibliográficas

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Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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