ERVA-DE-JABUTI: planta nativa principalmente do norte e nordeste do Brasil, indicada para tosses, resfriados e no controle do colesterol

 

Nome científico: Peperomia pellucida (L.) Kunth.

Sinonímias: Piper pellucidum L., Micropiper pellucidum (L.) Miq., Peperomia concinna A. Dietr., Peperomia mtllucida var. minor Miq., Peperomia, pellucida var. pygmaea Kunth, Peperomia translucens Trel., Piper concinnum Haw.

Família:  Piperaceae.

Nomes populares: erva-jaboti, erva-de-jabotí, comida-de-jaboti, maria-mole, ximbuí, alfavaca-de-cobra. 

Origem: nativa principalmente do norte e nordeste do Brasil.

Descrição botânica: herbácea anual, semiereta, tenra e camosa, ramificada, de 20-40 cm de altura ou comprimento, folhas simples, alternas, membranáceas, glabras, brilhantes, de 1-3 cm de comprimento. Inflorescências em espigas terminais e axilares, com flores andróginas muito pequenas de cor esverdeada.

Parte da planta para uso: Todas as suas partes.

Constituintes químicos:  apiol, flavonas, flavonoides, fitoesteróis, taninos e pellucidina. Os principais constituintes do óleo das folhas são o gurjuneno , 1,10-di-epi-cubenol , (E)-cariofileno e dillapiole, carotol, dillapiole   e (E)-cariofileno. 

Formas de uso: Todas as suas partes são empregadas na medicina caseira na região norte do país como hipotensor e forte diurético, na forma de chá por infusão e como Bunoliente e anti-pruriginoso na forma de emplastro ou de compressas locais.

Indicações: tosses, resfriados, como anti-inflamatória e no controle do colesterol e pressão alta.

Observações: Os indígenas das Guianas usam-na para curar feridas e chagas (vulnerária) em aplicação local; por via oral, como chá refrescante é considerada hipotensor e, de mistura com leite é indicada contra gengivite, nevralgias dentárias entre outras afecções bucais.

Referências bibliográficas

Albuquerque, J.M., de. 1989. Plantas Medicinais de Uso Popular. ABEAS, Brasília. 100 pp.

Braga, R. 1976. Plantas do Nordeste, Especialmente do Ceará. Coleções Mossoroense - Vo. XLII. Mossoró. 540 pp.

Grenand, P., C. Moretti & H. Jacquemin. 1987. Pharmacopées Traditionnelles en Guyane: Créoles, Palikur, Wayãpi. Editorial ORSTROM, Coll. Mem No. 108. Paris, France.

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Mors, W.B., C.T. Rizzini & N.A. Pereira. 2000.Medicinal Plants of Brazil. Reference Publications, Inc. Algonac, Michigan.

Van den Berg, M.E. 1993. Plantas Medicinais no Amazônia - Contribuição ao seu conhecimento sistemático. Museo Paraense Emílio Goeldi, Belém. 206 pp.

Vieira, L.S. 1992. Fitoterapia da Amazônia - Manual de Plantas Medicinais. Ed. Agr.Ceres, São Paulo. 350 pp.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem