RAIO DE SOL: planta nativa do sudoeste dos Estados Unidos, tem sido tradicionalmente utilizada para diversos fins medicinais pelas comunidades indígenas locais

 

Crossosoma bigelovii, comumente conhecido como crossosoma de bigelow ou raio de sol (sunburst), é uma espécie de planta nativa do sudoeste dos Estados Unidos e norte do México. Embora não seja extensivamente estudado, ela tem sido tradicionalmente utilizada para diversos fins medicinais pelas comunidades indígenas. No entanto, é importante notar que a evidência científica que suporta estes usos é limitada, sendo sempre aconselhável consultar um profissional de saúde antes de utilizar qualquer planta para fins medicinais. Aqui estão alguns dos usos medicinais relatados de Crossosoma bigelovii:

Problemas respiratórios: Ela tem sido usada na medicina tradicional para tratar doenças respiratórias, como tosse, resfriado e dor de garganta. Acredita-se que possua propriedades expectorantes, ajudando a aliviar a congestão e promovendo a expulsão do muco do trato respiratório.

Distúrbios digestivos: A planta tem sido empregada para aliviar problemas digestivos, incluindo dores de estômago, indigestão e diarreia. Acredita-se que possua propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a acalmar o trato gastrointestinal e reduzir a inflamação.

Cicatrização de feridas: tem sido usada topicamente para promover a cicatrização de feridas. Acredita-se que a planta possua propriedades antimicrobianas e anti-inflamatórias que podem ajudar a prevenir infecções e reduzir a inflamação, auxiliando assim no processo de cicatrização.

Problemas de pele: Os usos tradicionais de Crossosoma bigelovii incluem o tratamento de doenças de pele, como erupções cutâneas, irritações e picadas de insetos. Pode ser aplicado topicamente para acalmar a pele e reduzir a coceira ou inflamação.

Efeitos antiinflamatórios: Alguns usos tradicionais de Crossosoma bigelovii sugerem que ele possui propriedades antiinflamatórias. Tem sido usado para aliviar várias condições inflamatórias, incluindo artrite e dores nas articulações.

Apesar destes usos tradicionais, os estudos científicos sobre as propriedades medicinais do Crossosoma bigelovii são limitados. Mais pesquisas são necessárias para validar sua eficácia, dosagem e potenciais efeitos colaterais. É essencial ter cautela e consultar um profissional de saúde ou um fitoterapeuta qualificado antes de usar esta planta para fins medicinais. O uso tradicional de Crossosoma bigelovii envolve diferentes partes da planta, incluindo folhas, caules e flores. Veja alguns métodos comuns de uso da Crossosoma bigelovii:

Infusão ou Chá: Uma das formas comuns de utilização do Crossosoma bigelovii é preparando uma infusão ou chá. Para fazer um chá, você pode seguir estes passos:

ü  Ferva a água e retire do fogo.

ü  Adicione 1-2 colheres de chá de folhas ou flores secas de Crossosoma bigelovii em um copo de água quente.

ü  Deixe em infusão por cerca de 10-15 minutos.

ü  Coe o líquido e beba ainda morno.

Aplicação Tópica: ela tem sido usada topicamente para várias doenças da pele e cicatrização de feridas. Você pode criar um aplicativo tópico seguindo estas etapas:

ü  Esmague folhas frescas ou flores de Crossosoma bigelovii para extrair seu suco ou seiva.

ü  Aplique o suco ou seiva diretamente na área afetada da pele.

ü  Deixe secar naturalmente ou cubra com um curativo limpo, se necessário.

Fumar: Em algumas práticas tradicionais, o Crossosoma bigelovii tem sido utilizado fumando as folhas secas. No entanto, é importante notar que fumar qualquer substância pode ter efeitos negativos para a saúde e este método não é recomendado.

Tintura: Uma tintura pode ser preparada embebendo o material vegetal em álcool ou em uma mistura de álcool e água. No entanto, as diretrizes específicas de preparação e dosagem da tintura de Crossosoma bigelovii não estão bem estabelecidas.

Lembre-se de que a dosagem e o método de uso podem variar dependendo de fatores individuais, como idade, estado de saúde e outros medicamentos tomados. É aconselhável procurar orientação de um profissional de saúde ou de um fitoterapeuta qualificado que possa fornecer aconselhamento personalizado com base nas suas circunstâncias específicas. Além disso, é importante garantir que o material vegetal utilizado seja obtido de uma fonte confiável e não tenha sido contaminado com pesticidas ou outras substâncias nocivas. Se você decidir usar Crossosoma bigelovii, comece com uma pequena quantidade e monitore a resposta do seu corpo. Interrompa o uso se sentir alguma reação adversa e procure atendimento médico se necessário. Dado que a investigação científica sobre Crossosoma bigelovii é limitada, as informações sobre os seus potenciais efeitos secundários e riscos são escassas. Aqui estão algumas considerações gerais:

Reações alérgicas: Como acontece com qualquer planta ou remédio fitoterápico, existe a possibilidade de reações alérgicas. Indivíduos com alergias conhecidas a plantas da mesma família (por exemplo, família Rosaceae) devem ter cautela ao usá-la.

Interações com medicamentos: É importante considerar possíveis interações entre Crossosoma bigelovii e quaisquer medicamentos que você esteja tomando. Como a planta não foi extensivamente estudada, não está claro se ela pode interagir com certos medicamentos. Consultar um profissional de saúde é crucial se você estiver tomando algum medicamento.

Gravidez e Amamentação: Há informações limitadas disponíveis sobre a segurança de Crossosoma bigelovii durante a gravidez e amamentação. É aconselhável ter cautela e evitar usá-lo durante esses períodos, a menos que seja especificamente recomendado por um profissional de saúde.

Dosagem e Administração: Sem diretrizes de dosagem bem estabelecidas, é difícil determinar a dosagem apropriada e segura de Crossosoma bigelovii. Dosagem ou administração inadequada pode levar a efeitos adversos ou tratamento ineficaz.

Referências Bibliográficas:

DeBuhr, L. E. (1978). Wood anatomy of Forsellesia (Glossopetalon) and Crossosoma (Crossosomataceae, Rosales). Aliso: A Journal of Systematic and Floristic Botany, 9(2), 179-184.

Klausmeyer, P., Zhou, Q., Scudiero, D. A., Uranchimeg, B., Melillo, G., Cardellina, J. H., ... & McCloud, T. G. (2009). Cytotoxic and HIF-1α inhibitory compounds from Crossosoma bigelovii. Journal of natural products, 72(5), 805-812.

Klausmeyer, P., Cardellina, J. H., Scudiero, D. A., Shoemaker, R. H., & McCloud, T. G. (2008). HIF-1 Active Components of the Unstudied Plant, Crossosoma bigelovii. Planta Medica, 74(03), P-84.

Zhou, Q. (2000). Bioactive components from Crossosoma bigelovii and studies on novel selenophene-containing heteroarene compounds as anticancer agents (Doctoral dissertation, Purdue University).

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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