CAATAIA: planta nativa do nordeste brasileiro, cujo suco de suas raízes frescas é empregado para remover verrugas

 

Nome científico: Plumbago scandens L. 

Sinonímias: Plumbago zeylanica L.

Família: Plumbaginaceae

Nomes populares:  caataia, louco, caapononga, folha-de-louro, jasmin-azul, erva-do-diabo, queimadura.

Origem: nativo em capoeiras e beira de bosques na caatinga do nordeste brasileiro

Descrição botânica: subarbusto perene, de ramos escandentes, muito ramificado, de 2-3 m de comprimento. Possui folhas simples, membranáceas, inteiras, curto-pecioladas, esparso-pubescentes e de cor mais clara na face inferior, de 3-5 cm de comprimento. Flores brancas ou azul-claras, dispostas ern racemos axilares. Os frutos são cápsulas alongadas e glutinosas.  

Parte da planta para uso: raízes, folhas. 

Constituintes químicos: Ácido plumbágico, β-Sitosterol, Estigmasterol, Scandine, contém ainda flavonoides como apigenina, kaempferol, quercetina e seus glicosídeos.  

Formas de uso: o suco de suas raízes frescas é extremamente acre e empregado para remover verrugas. Suas folhas são cáusticas e consideradas eficazes contra unha encravada e, em medicina veterinária, são utilizadas para cauterizar úlceras em cavalos. Suas folhas eram aplicadas por curandeiros na nuca de pessoas insanas, na forma de sinapismo como tratamento para recuperar sua saúde mental, de onde adveio o nome de louco dado a essa planta.

Indicações: a planta possui propriedades purgativas e anestésicas locais, empregadas para suavizar dores de dente e de ouvido e para reduzir inflamação das juntas.

Observações: ensaios farmacológicos realizados para averiguar a atividade antimicrobiana mostraram que a plumbagina, uma naftoquinona presente na planta, possui forte ação sobre vários tipos de fungos, inibindo seu crescimento.

Referências bibliográficas

Gonçalves de Lima, O., I.L. d’Albuquerque, G.M. Maciel & M.C.N. Maciel. 1968. Substâncias antimicrobianas de plantas superiores. XXVII. Isolamento de plumbagina de Plumbago scandens L. Rev. Inst. Antibióticos 8: 95-97.

Harborne, J.B.1967. Comparative biochemistry of the flavonoids. IV. Correlations between chemistry, pollen morphology and systematics in the family Plumbaginaceae. Phytochemistry 6: 1415-1418.

Mors, W.B.; C.T. Rizzini & N.A. Pereira. 2000. Medicinal Plants of Brazil. Reference Publications, Inc. Algonac, Michigan. 501 pp.

Braga, R.A., 1960, Plantas do Nordeste, especialmente do Ceará, 2ª. edição, Impr. Oficial, Fortaleza. 540 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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