Nome científico: Artemisia absinthium L.
Família: Compositae (Asteraceae)
Nomes
populares: losna, losna-maior, losma, absinto, acinto, acintro,
ajenjo, alenjo, artemisia, grande-absinto, erva-santa, alvina, aluina,
flor-de-diana, gotas-amargas, erva-dos-vermes, erva-dos-velhos, sintro, alvina,
erva-de-santa-margarida, erva-do-fel.
Origem: De
origem desconhecida, cresce espontaneamente em vários países da Europa, assim
como na Ásia e no Norte da África.
Descrição
botânica: Planta
subarbustiva, de caule piloso, com pouco mais de 1m de altura. Folhas
multifendidas de lóbulos finos, canescentes, de margem inteira, de 7 a 12 cm de
comprimento. Flores em capítulos subglobosos, amarelos, agrupados em panículas.
Todas as partes da planta têm sabor muito amargo.
Parte da planta para uso: folhas.
Constituintes
químicos: ácidos orgânicos (málico, succícnico, tânico,
palmítico, nicotínico, tuiônico, isovaleriânico); fitosterol, quebrachital,
substâncias carotenóides, flavonóides; lactonas sesquirtepênicas (anabsintina,
absintina); óleo essencial (tuiona (32,4% a 34,6%), tuiol, camazuleno,
felandreno e borneol (30%)); princípios amargos: absintina (mistura de artamarina,
artamarinina e artamaridinina), anabsintina, artabsina e santonina; proazuleno,
carotenos, pectina e mucilagens; resina, ceras, vitamina B6 e C.
Formas
de uso: conhecida desde a remota antiguidade na forma de licor
amargo, esta planta é usada na preparação de aperitivos, aos quais se atribui
propriedades carminativa, diurética, colagogo, emenagoga, abortiva e
anti-helmíntica. Seu uso é internacionalmente aceito como medicação usada nos
casos de perda de apetite, distúrbios da digestão, do fígado e da vesícula
biliar e pode ser feito na forma de chá preparado da maneira usual
despejando-se sobre uma colher das de chá de pedacinhos da planta bem picada,
água fervente em quantidade suficiente para uma xícara das médias. A dose a ser
bebida é de uma xícara até o máximo de três xícaras ao dia meia hora antes das
refeições principais. Para uso externo nos casos de pequenos ferimentos e
picadas de insetos, o tratamento é feito com o uso de lavagens e compressas
locais do cozimento (decocto), preparado fervendo-se uma mão cheia da planta
fresca em um litro d’água.
Indicações: afecção
uterina, anemia, anorexia, ativar a circulação, atonia digestiva, atonia
uterina, azia, bexiga, catarros, circulação, cólicas intestinais, cólicas
menstruais, convalescença, coriza, diabete, diarreia, dismenorreia, distúrbios
digestivos e hepáticos, dispepsias, enfermidades nervosas, envenenamento,
escrófulas, espasmo histérico, estimular o apetite, estômago (perturbações
gástricas diversas); estimular a secreção dos sucos gástricos, biliares e
pancreáticos; febre, flores brancas, fígado, gases, gripe, hidropisia,
histerismo, inapetências, indigestão; limpar e regularizar o funcionamento do
estômago, fígado, rins, bexiga e pulmões; nevralgias, mau hálito, menstruação
difícil e dolorosa, meteorismo, nervosismo, obesidade, prisão de ventre,
proteger lãs e cobertores, regularizar o fluxo menstrual, reumatismo, rins,
sinusite, tísica, tuberculose, ventosidades, vermes (lombriga e oxiúro, áscaris
e amebas), vômito.
Observações: O
suco ou extrato não devem ser usados, pois são tóxicos. A infusão elimina parte
da toxidez. Não deve ser usado por quem estiver fazendo tratamento
radioterápico, gestantes, lactantes, indivíduos de temperamento bilioso ou sanguíneo,
nas irritações gástricas e intestinais e nas propensões à congestão cerebral. O
óleo essencial, sobretudo a tujona, é tóxico. As bebidas alcoólicas à base da
planta são consideradas nocivas à saúde. Usar somente na dose recomendada e
durante o tempo de tratamento especificado. Em altas doses devem ser evitado
devido aos efeitos tóxicos que pode desenvolver. O consumo prolongado de
bebidas à base de absinto, provoca habituação que se manifesta por cãibras,
perdas de conhecimento e mesmo perturbações nervosas irreparáveis e destruição
dos glóbulos vermelhos. Doses excessivas podem causar alucinações, aborto,
convulsões, perturbações da consciência (absentismo: degeneração irreversível
do sistema nervoso central). Torna amargo o leite das mulheres que amamentam.
Referências bibliográficas
HORTO DIDÁTICO UFSC: <https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 10/01/2022
LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil:
nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.