MALVA: planta utilizada para infecções de boca, garganta, laringe, pois protege o tecido inflamado e irritado

 

Nome científico: Malva sylvestris L.

Sinonímias: Malva grossheimii Ijin, Malva erecta J. Presl & C. Presl.

Família: Malvaceae   

Nomes populares: malva, malva-alta, malva-de-botica, malva-grande, malva-maior, malva-rosa, malva-selvagem, malva silvestre, malva-verde, rosa-chinesa, rosa-marinha.  

Origem: Europa, oeste da Ásia e norte da África.

Descrição botânica: planta herbácea, bianual ou perene, ereta ou decumbente, ramos com casca fibrosa, de 40-70 cm de altura, nativa da Europa e ocasionalmente cultivada no sul do Brasil. Folhas simples, com nervação palmada, de margens lobadas e irregularmente serreadas, revestidas de pelos ásperos, de 7-15 cm de comprimento. Flores vistosas de cor púrpura ou vários tons de rósea, dispostas solitariamente nas axilas foliares. Os frutos são aquênios discoides semelhantes aos das nossas “guanxumas”. 

Parte da planta para uso: folhas, flores e frutos.

Constituintes químicos: As folhas e flores contém mucilagem (10% e 20%), menores quantidades de caroteno, vitamina C e do complexo B. As sementes contêm 18 a 25% de proteínas e 35% de gordura. As flores ainda possuem antocianinas (malvidin 3,5-diglicosídeo (malvidina), malvidin 3-glicosídeo e cyanidin 3-glicosídeo), cuja concentração usual em infusões é suficiente para a ação terapêutica em tratamentos da tosse. Também estão presentes pequena quantidade de taninos (ácido rosmarínico) e proantocianidinas. 

Formas de uso: Para uso interno deve-se ingerir, logo após o preparo, 150 ml do infuso feito com 2 g de folhas ou flores secas, quatro vezes ao dia, enquanto para o uso externo a infusão deve ser preparada com 6 g de folhas ou flores secas e 150 ml de água. Nesse caso, o infuso deve ser aplicado três vezes ao dia sobre o local afetado, com o auxílio de um algodão, após higienização, ou utilizado para fazer bochechos ou gargarejos, três vezes ao dia.

Indicações: abscesso, afta, bronquite, catarro, cicatrização, faringite, furúnculo, gastrite, infecção (boca, garganta, laringite, protege tecido inflamado e irritado), irritação nos olhos e ouvidos, mau hálito, pele (erupção, dermatose, lesão nas mucosas, reduz secreções, hidratante, protege e suaviza), picada de inseto, tosse, úlcera.

Observações: Esta espécie Malva sylvestris não é encontrada em hortas caseiras no Brasil. A espécie encontrada nas hortas caseiras é a Malva parviflora, conhecida popularmente como malva-de-dente.

 

Referências bibliográficas

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

CORRÊA. A.D., R. SIQUEIRA-BATISTA & L.E.M. QUINTAS. 1998. Plantas Medicinais — do cultivo à terapêutica - 2a Edição. Editora Vozes. Petrópolis.

HORTO DIDÁTICO UFSC: < https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 05/03/2022

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

LORENZI, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3ª edição. Instituto Plantarum. Nova Odessa.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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