Baccharis trimera (Less.) DC. - CARQUEJA

Nome científico: Baccharis trimera (Less.) DC.

Sinonímias: Molina trimera Less., Baccharis genistelloides var. trimera (Less.) Baker

Família:  Compositae (Asteraceae)

Nomes popularescarqueja, carqueja-do-mato, bacárida, cacália, condamina, quina-de-condamine, tiririca-de-babado, carqueja-amargosa, carqueja-amarga, bacanta, bacorida, carque, cacalia-amarga, vassoura.

Origem: Planta nativa das regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Descrição botânica: subarbusto perene, ereto, muito ramificado na base, de caules e ramos verdes com expansões trialadas, de 50-80 cm de altura, nativa do sul e sudeste do Brasil principalmente nos campos de altitude. Folhas dispostas ao longo de caules e ramos como expansões aladas. Inflorescências do tipo capítulo, dispostas ao longo dos ramos, de cor esbranquiçada

Parte da planta para uso: Folhas, flores e frutos. 

Constituintes químicos: Contém lactonas diterpênicas e sesquiterpênicas, flavonoides (hispidulina, cirsimaritina, eupatorina e apigenina), óleo essencial de carquejol, alfa e beta cadineno, calameno e eudesmol, terpenoides (ácido oleanólico), taninos e saponinas.

Formas de uso: Essa planta é amplamente utilizada no Brasil na medicina caseira, hábito este herdado de nossos indígenas que há séculos já fazia uso da mesma para o tratamento de várias doenças. O chá por infusão é preparado adicionando-se uma xícara de água fervente (150 ml) a uma colher (sopa) de ramos e folhas picadas e secas (aproximadamente 2,5 g). Deve-se ingerir uma xícara (chá) trinta minutos antes das refeições, de duas a três vezes ao dia.

Indicações:  

· Uso interno: Auxilia no tratamento das doenças digestivas em geral e dos distúrbios hepáticos. Também possui ação diurética e depurativa, anti-inflamatória para dores articulares, sendo indicado para casos de gota.

· Uso externo: Dor de garganta.

Observação: O uso por gestantes deve ser evitado, assim como doses excessivas, que podem abaixar a pressão. Também não é recomendado o uso junto com medicamentos para hipertensão e diabetes.

Referências bibliográficas

CRUZ G.L. 1995. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil, 5th ed. Bertrand - Rio de Janeiro.

HORTO DIDÁTICO UFSC: < https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 10/01/2022

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Lorenzi, H. 2000. Plantas Daninhas do Brasil - terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas, 3a edição. Instituto Plantaram. Nova Odessa - SP. 640 pp.

SOUZA. M.P.; MATOS, M. E. O.; MATOS, F.J.A. et al. 1991. Constituintes Químicos de Plantas Medicinais Brasileiras. UFC Edições. Fortaleza.

PANIZZA, S. 1998. Plantas que curam (Cheiro de Mato) – 3ª edição. IBRASA, São Paulo. 280 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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