Nome científico: Coronopus didymus (L.) Sm.
Sinonímias: Lepidiitm pseudodidymum Thell.,
Lepidium didymum L., Coronopus didymus var. macrocarpus Muschl.,
Lepidium didymus (L.) Sm., Senebiera didyma (L.) Pers., Senebiera
incisa Willd., Senebiera pectinata DC., Senebiera pinnatifida DC.
Família: Cruciferae
(Brassicaceae)
Nomes
populares: mentruz, mastruço, mentruz-rasteiro, matruz-miúdo,
mastruço-dos-índios, erva-de-santa-maria, erva-vomiqueira, erva-formigueira.
Origem: América do Sul. Trata-se de uma planta muito
comum no Brasil, que se adapta melhor aos solos úmidos onde se desenvolve com
espontaneidade, florescendo no mês de setembro. É utilizada também no Uruguai e
na Argentina; Cresce em hortas, pastagens e lavouras de inverno.
Descrição botânica: herbácea
prostrada, anual de inverno, ramificada, com forte aroma de agrião, de 20-35 cm
de comprimento, nativa da América do Sul, incluindo o sul e sudeste do Brasil.
Folhas compostas pinadas, com segmentos lobados e quase glabros. Flores
pequenas, creme, dispostas em inflorescências racemosas axilares. Multiplica-se
exclusivamente por sementes (l). Existem no país outras duas espécies dessa
família botânica com propriedades semelhantes e mesmos nomes populares, que até
pouco tempo pertenciam ao mesmo gênero: Lepidium virginicum L. e Lepidium
bonariense L.
Parte da planta para uso: folhas, flores e sementes.
Constituintes
químicos: Óleo essencial (substâncias sulfuradas), sais
minerais e vitaminas, flavonóides chrysoeriol. Na sua composição química,
destacam-se óleos essenciais (substâncias sulfuradas), sais minerais e
vitamina, além dos flavonóides, crisoeriol e seu glicosideo, (crisoeriol-6-O-acetil-4′-β-D
-glucosideo) e stigmastanol. Possui também alguns glucosinolatos.
Formas
de uso: É
frequentemente empregada para temperar aguardentes e, em muitas regiões, suas
folhas, flores e sementes são utilizadas na medicina caseira. Como expectorante
das vias respiratórias (peitoral, catarro dos brônquios e pulmonar e
fluidificante do muco), é indicada na forma de xarope, como digestivo,
estimulante das funções hepáticas, contra anemia, diabetes e afecções
pulmonares, é recomendado o seu chá, preparado adicionando-se água fervente a 1
xícara (chá) contendo 1 colher (sopa) de folhas, flores e sementes picadas, na
dose de 1 xícara (chá) duas vezes ao dia antes das principais refeições.
Recomenda-se também em uso externo contra dores musculares, reumatismo,
contusões, traumatismos, feridas, úlceras externas e bronquites, na forma de
cataplasma, preparado amassando-se em pilão 3 colheres (sopa) de folhas, flores
e sementes frescas em um pouco de água até formar uma pasta, aplicando-a
espalhada em gaze sobre a área afetada por duas horas.
Indicações: ácido
úrico, anemia, bronquite, contusão, dor muscular, escorbuto, escrofulose, gota,
infecção respiratória, raquitismo, vermes (solitária).
Observações: No Brasil o nome “mastruço” é utilizado ainda
para outras plantas da mesma família, do gênero Lepidium); e também para Chenopodium
ambrosioides L. var. Anthelmintica (L.) A. Gray.,
da família Amaranthaceae (Chenopodiaceae), o que pode provocar confusão.
Referências bibliográficas
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