MILEFÓLIO: planta medicinal utilizada para estimular as funções digestivas e muito mais


Nome científico: Achillea millefolium L.

Sinonímias: Achillea borealis subsp. arenicola (Pollard) D.D. Keck, Achillea borealis subsp. californica (Pollard) D. D. Keck, Achillea lanulosa subsp. alpicola (Rydb.) D.D. Keck, Achillea millefolium subsp. lanulosa (Nutt.) Piper, Achillea millefolium var. alpicola (Rydb.) Garrett, Achillea millefolium var. arenicola (A. Heller) Nobs, Achillea millefolium var. californica (Pollard) Jeps., Achillea millefolium var. gigantea (Pollard) Nobs, Achillea millefolium var. lanulosa (Nutt.) Piper, Achillea millefolium var. litoralis Ehrend. ex Nobs, Achillea millefolium var. pacifica (Rydb.) G.N. Jones, Achillea millefolium var. puberla (Rydb.) Nobs.

Família: Compositae (Asteraceae)

Nomes populares: mil-folhas, aquiléia, atroveran, erva-de-carpinteiro, erva-de-cortaduras, erva-dos-carreteiros, macelão, milefólio, milefólio-em-ramas, mil-em-rama, mil-folhada, nariz-sangrento, novalgina, pronto-alívio, sanguinária.

Origem: Nativa da Europa e amplamente cultivada em hortas domésticas em quase todo o Brasil.

Descrição botânica: Herbácea perene, rizomatosa, ereta, aromática, entouceirada, de 30-50 cm de altura. Folhas compostas finamente pinadas, de 5-8 cm de comprimento. Flores brancas, em capítulos reunidos em uma panícula terminal. Existem variedades cultivadas com fins ornamentais com capítulos de cores variadas. Multiplica-se por estacas e por divisão de touceira.

Parte da planta para uso: Folhas e flores.

Formas de uso: Para estimular as funções digestivas é utilizado o chá por infusão, que deve ser preparado com uma colher (sobremesa) de folhas ou flores picadas e água fervente suficiente para uma xícara (chá). Ingerir uma xícara, duas vezes ao dia. Para banhos de assento e lavagens locais, deve-se deixar o chá por infusão, como o descrito acima, por quinze minutos na área afetada.

Indicações:  Diurética, antiinflamatória, antiespasmódica, cicatrizante, diaforética, antipirética, hipotensiva, adstringente, anti-séptica urinária, emenagoga, hemostática, além de ser tônica amarga e ter efeito levemente hipoglicemiante, eupéptico e colerético.

Observação: Não deve ser utilizado por indivíduos portadores de úlceras gastroduodenais ou oclusão das vias biliares. O uso acima das doses recomendadas pode causar cefaleia e inflamação. O uso prolongado pode provocar reações alérgicas. Caso ocorra um desses sintomas, suspender o uso e consultar um especialista. Os indivíduos sensíveis, sobretudo aos membros da família Asteraceae/Compositae, não devem tomar seu chá.Não deve ser usada durante a gestação(considerada abortiva) e em pessoas com dispepsia com hipersecreção gástrica, e deve ser usada com moderação durante o período de amamentação e em pessoas com epilepsia. Deve-se evitar seu uso prolongado; os tratamentos devem ser de no máximo 21 dias, com intervalos de 7 dias pelo menos.

Referências bibliográficas:

CORRÊA. A.D., R. SIQUEIRA-BATISTA & L.E.M. QUINTAS. 1998. Plantas Medicinais — do cultivo à terapêutica - 2a Edição. Editora Vozes. Petrópolis.

HORTO DIDÁTICO UFSC: <https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 26/12/2021

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

PANIZZA, S. 1998. Plantas que curam (Cheiro de Mato) – 3ª edição.  IBRASA, São Paulo. 280 pp.

SIMÕES, C.M.O., L.A. MENTZ, E.P. SCHENKEL et al. 1989. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul. 3 ed. Porto Alegre: Editora da Universidade. 174 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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