Nome científico: Bidens pilosa L.
Sinonímias: Bidens
alausensis Kunth, Bidens chilensis DC.. Bidens pilosa var. alausensis (Kunth)
Sherff, Bidens pilosa var. minor (Blume) Sherff, Bidens pilosa var. radiata
Sch. Bip., Bidens scandicina Kunth, Bidens sudaica var. minor Blume, Coreopsis
leucantha L., Kerneria tetragona Moench., Bidens leucantha (L.) Willd., Bidens
leucanta var. pilosa (L.) Griseb., Bidens aundaicus Brume., Bidens subalternans
DC., Bidens quadrangidaris DC.
Família: Compositae
(Asteraceae)
Nomes
populares: amor-seco, carrapicho, carrapicho-de-agulha,
carrapicho-de-duas-pontas, carrapicho-picão. coambi, cuambri, cuambu,
erva-picão, fura-capa, guambu, macela-do-campo, picão, picão-amarelo.
picão-das-horas, picão-do-campo, picão-preto, pico-pico, piolho-de-padre.
Origem: Brasil (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata
Atlântica, Pampa, Pantanal).
Descrição
botânica: herbácea
ereta, anual, ramificada, com odor característico, de 50-130 cm de altura,
nativa de toda a América tropical. Folhas compostas pinadas, com folíolos de
formato, tamanho e em número variados. Flores pequenas, reunidas em capítulos
terminais. Os frutos são aquênios alongados de cor preta com ganchos aderentes
numa das extremidades. Multiplica-se apenas por sementes. Existem mais duas
espécies deste gênero com os mesmos nomes populares e com características e
propriedades similares: Bidens alba (L.) DC., Bidens subaltemans DC.
Parte da planta para uso: Toda a planta.
Constituintes
químicos: Derivados de poliacetilenos e tiofanos, além
de flavonóides, esteróis, ácidos graxos, taninos, acetilenos, o óleo essencial
contém alfa-pineno , beta-pineno , limoneno , alfa-felandreno , timol , alfa
cpoeno , beta-guaieno , beta-cariofileno ,alfa-humuleno , cadineno , alfa
farneseno e beta-bisaboleno ; também ácido linoléico e linolênico , os
triterpenos friedelina e friedelan-3-beta-ol (Di Stasi, 2002),
1-fenil-heptatriina , sílica.
Formas
de uso: uma
planta que cresce espontaneamente em lavouras agrícolas de todo o Brasil, onde
é considerada uma séria planta daninha. Esta planta possui uma longa história
de uso na medicina caseira entre os povos indígenas da Amazônia. Virtualmente
todas as suas partes são empregadas, principalmente contra angina, diabetes,
disenteria, aftosa, hepatite, laringite, verminose e hidropisia. Sua infusão é
também empregada por indígenas como diurética, emenagoga, antidisentérica e
para o tratamento da icterícia.
Indicações: abscessos,
afecção cutânea, aftas, amigdalite, angina, ativar o pâncreas na distribuição
de insulina, blenorragia, cefaleias, cicatrização, colesterol, cólicas, cólica
infantil, conjuntivite, diabete, disenteria, dismenorreia, distúrbios da
menstruação, dores osteoarticulares, emagrecimento (auxiliar na dieta de),
engorgitamento das glândulas mamárias, envenenamento, distúrbios hepáticos, dor
de cabeça, dor de dente, edemas, escorbuto, fadiga, faringite, febre, feridas,
fígado, gastroenterite, hemorragia pós-parto, hemorroida, hepatite, hepatite,
hipertensão, icterícia, inapetência, indigestão, infecções do estômago e rins,
infecções urinária e vaginal, inflamações da boca e da garganta, intoxicação
alimentar, irritações da pele, irritação interna, laringite, leucorreia,
micose, odontalgias, oftalgias, otorrinalgias, pâncreas, problemas de pele,
problemas do estômago, resfriados, tumores, úlceras gastroduodenais, vermes.
Observações: Estudo com a ingesta de picão preto e
substâncias que causam proliferação celular sugere ação como cofator na
formação de tumores; outros estudos não mostram atividade genotóxica. É
considerada planta sem toxicidade para seres humanos. Pode ter reação cruzada a
quem tem alergia a plantas da família Asteraceae ; não há relato de outras
contraindicações. Evitar o uso em grávidas.
Referências bibliográficas
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 146.
HORTO
DIDÁTICO UFSC: <https://hortodidatico.ufsc.br/
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LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil:
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LOPES,
A. M. V. Plantas usadas na medicina popular do Rio Grande do Sul: Santa Maria:
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