A Organização Mundial da Saúde
estimou que em 2017, quase 800 milhões de pessoas em nosso planeta sofriam de
distúrbios de saúde mental. Isto representa um pouco mais de 10 por cento da
população mundial, ou um em cada dez pessoas. Quando os transtornos por uso de
substâncias são incluídos na contagem, o número sobe para 970 milhões de
pessoas, ou 13% da população mundial. Os transtornos de ansiedade foram os mais
comuns, afetando cerca de 3,8 por cento das pessoas em todo o mundo, seguida de
depressão, afetando cerca de 3,4 por cento. As taxas desses distúrbios são mais
altas nos Estados Unidos, com aproximadamente 20 por cento, ou uma em cada
cinco pessoas, são diagnosticadas com problemas mentais ou transtorno por uso de
substâncias. Esses números nos dão um retrato da prevalência de transtornos
mentais durante um período específico de um ano. Mas as taxas de prevalência ao
longo da vida são muito mais altas. Nos Estados Unidos, os dados sugerem agora
que cerca de 50 por cento da população preencherá os critérios para um
transtorno mental em algum momento de sua vida. Estimar as taxas de doenças
mentais é difícil. Muitas vezes as pessoas negam seus problemas de saúde
mental para outras pessoas ou até para si próprios. Ter uma doença mental é
estigmatizada em praticamente todo o mundo. Enquanto as sociedades fazem avanços importantes no reconhecimento da depressão e transtornos de
ansiedade como doenças “reais”, esse progresso é relativamente recente e está
longe de ser universal. Ainda há pessoas que veem aqueles que sofrem desses
distúrbios, simplesmente como “chorões” ou “preguiçosos”. Por outro lado, eles enfrentam um tipo diferente de estigma. Muitas
pessoas têm medo deles ou rejeita-os como “loucos”. E ainda, muitos os vêem como egocêntricos ou
moralmente fracos, principalmente em alguns países do Oriente Médio, onde são
classificados como criminosos e podem ser encarcerado até mesmo por usar álcool.
Os efeitos de o estigma podem variar da vergonha à discriminação total, mas o
estigma de qualquer tipo pode motivar as pessoas a minimizar ou mentir sobre os
sintomas. Como tal, as estatísticas de prevalência são provavelmente
subestimativas do verdadeiro alcance desses distúrbios. E por mais terríveis
que sejam estas estatísticas, o problema parece esta ficando cada vez pior.
PLANTAS MEDICINAIS PARA TRATAR
DEPRESSÃO E ANSIEDADE
Valeriana officinalis L.
É uma planta da família
Caprifoliaceae, seu uso é conhecido desde a Grécia e Roma antigas. É uma planta
herbácea, de odor forte e desagradável. As partes utilizadas são os rizomas e
raízes, preparadas secas, trituradas em forma de chás, cápsulas e em sua
formulação química possui compostos voláteis, flavonóides, aminoácidos livres e
o principal constituinte que confere sua potencialidade de curar insônia e
amenizar os efeitos da ansiedade que é o ácido valerenico, um sesquiterpenóide
constituinte do óleo essencial da planta.
Passiflora incarnata L
Também conhecida como “flor da
paixão” e “maracujá”, é uma planta trepadeira da família Passifloraceae ,
nativa da América do Sul é utilizada com fins terapêuticos para combater a
ansiedade e estresse por suas propriedades calmantes, sedativas e
anticonvulsivantes. Estudos apontam que o efeito ansiolítico do maracujá advém
da sinergia entre alcalóides e flavonóides presentes nas partes aéreas da
planta. E que sua ação ansiolítica é semelhante à observada com o uso dos
benzodiazepínicos.
Lavandula sp.
As plantas do gênero Lavandula
sp., são nativas nas Ilhas Canárias, oeste e norte da África, sul da Europa, no
Mediterrâneo, Arábia e Índia. Como uso comercial, destacam-se as espécies
Lavandula angustifolia, Lavandula latifolia e o híbrido das duas espécies, o
Lavandin. São espécies arbustivas e herbáceas, aromáticas e seu uso é relatado
em formas de chás, tinturas e principalmente o óleo essencial para tratamentos
de insônia, irritabilidade e ansiedade. Quando inalados ou aplicados
topicamente, os óleos essenciais do gênero Lavandula sp., provocam alterações
nos neurotransmissores cerebrais, atuando como ansiolíticos leves.
Melissa officinalis L.
A Melissa officinalis L., da
família Lamiaceae conhecida popularmente como erva-cidreira, apresenta
propriedades medicinais no tratamento de crises nervosas, taquicardia, insônia,
ansiedade e histeria. Muito semelhante taxonomicamente à espécie Lipia alba L.,
que também possui efeitos contra ansiedade e agitação nervosa, a Melissa é
bastante utilizada em comunidades tradicionais e também pelo público em geral
para outras doenças, além de distúrbios nervosos.Em sua composição química,
podemos encontrar flavonóides, terpenos, glicosídeos, resinas e o óleo
essencial, que tem o odor mais cítrico devido à presença principalmente de
citral (ou limonal), um terpenóide com propriedades calmantes, hipotensivas,
entre outros.
Hypericum perforatum
Conhecido popularmente como
erva-de-são-joão, é uma planta herbácea da família Hypericaceae, originária da
Europa, oeste da Ásia e norte da África, porém sua distribuição é mundial.
Possui efeitos antidepressivos que quando comparados a fármacos não
fitoterápicos, apresenta resultados equiparáveis evidenciando sua ação
medicinal. Suas indicações terapêuticas externas e internas relatadas vão desde
perturbações emocionais e cognitivas a depressão leve ou grave entre outros
distúrbios orgânicos como afecções na pele, apresentando também efeitos
antiinflamatórios e anticancerígenos. Suas formas de uso podem ser através de
comprimidos, cápsulas, chás e extrato líquido. A erva-de-são-joão é utilizada
como nutracêutico e sua forma de ação é na inibição da recaptação da
serotonina, reduzindo-a nas sinapses neuronais beneficiando no tratamento da
depressão e suas partes utilizadas são as partes aéreas como flores e folhas. Seus
principais ativos são flavonóides, bifavonas, xantonas, óleos voláteis,
aminoácidos, vitamina C, cumarina, sendo a quercetina e a hipericina os ativos
relatados como antidepressivos.
Fonte: Organização Mundial da Saúde
(OMS)
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