Nome científico: Pimpinella anisum L.
Sinonímias: Anisum graveolens (L.) Crantz ,Carumanisum (L.) Baill., Selinum anisum
(L.) EHL Krause, Sison anisum (L.) Spreng.,
Tragium anisum (L.) Link.
Família:
Umbelliferae (Apiaceae)
Nomes
populares: Anis, anis-verde, erva-doce,
pimpinela-branca.
Origem: É natural da Ásia e cultivada no Brasil,
especialmente no Sul.
Descrição
botânica: erva aromática anual, ereta, de até 50 cm de altura.
Folhas compostas de várias formas, fendidas. Flores brancas, dispostas em
umbelas. Os frutos são aquênios, de sabor adocicado e cheiro forte.
Parte da planta para uso: folhas e sementes.
Constituintes
químicos: Óleo
essencial (anetol ), álcoois, cetonas, hidrocarbonetos terpênicos, proteínas,
carboidratos, glicosídeos, ácidos málico, cafeico e clorogênico, cumarinas,
flavonóides, esteróides , acetilcolina (e seu precursor, colina),6 eugenol,
pseudoisoeugenol, metilchavicol, anisaldeídos, scopoletin, umbelliferon,
polienos e poliacetilenos.
Formas
de uso: os frutos maduros e secos (mericarpos) têm emprego, desde
a mais remota antiguidade, como estimulante das funções digestivas, para
eliminar gases, combater cólicas, fazer passar a dor de cabeça, estimular a
lactação, geralmente na forma de infuso, assumido pela medicina popular
brasileira com base na tradição europeia, conforme registra a literatura
etnofarmacológica. Seus frutos são também usados industrialmente para a
produção do óleo essencial, tintura, extrato fluido, alcoolato e hidrolato,
empregados em farmácia principalmente, por suas propriedades de conferir sabor
e odor agradáveis noutras preparações farmacêuticas, licores e guloseimas.
Indicações: acidez
estomacal, asma, bronquite, cólica intestinal, contração muscular brusca,
dispepsia nervosa, dor de barriga, dor de cabeça, gases, inflamação,
palpitação, tosse crônica, vômito. Ajuda na expulsão dos gases do aparelho
intestinal. Estimula a diurese. Aumenta a transpiração. Diminui a densidade e
aumenta a fluência do muco dos pulmões.
Observações: o
óleo essencial em altas doses provoca intoxicação acompanhada de tremores. O
abuso crônico provoca convulsão e confusão mental. Não usar durante a gravidez e se tiver problemas crônicos gastrointestinal,
como úlcera duodenal ou gástrica, refluxo do esófago, colites ulcerosas,
colites espasmódicas e diverticulites. Pode causar alucinações. Em pessoas predispostas, mesmo em doses normais pode
haver alergia.
Referências
bibliográficas
BRUNETON, J. Farmacognosia: Fitoquímica,
Plantas Medicinales. Trad. Á. V. del Fresno; E. C. Accame; M.
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HORTO
DIDÁTICO UFSC: < https://hortodidatico.ufsc.br/
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LORENZI,
H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil:
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MATOS,
F.J.A. 2002. Plantas Medicinais - guia de seleção e
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/ Edições UFC.