GUACO: é utilizado na forma de xarope para combater tosse, bronquite e crises de asma

Sinonímias: Willoughbya glomerata (Spreng.) Kuntze.

 Família: Compositae (Asteraceae)  

Nomes populares: cipó-almecega-cabeludo, cipó-catinga, cipó-sucuriju, coração-de-jesus, erva-cobre, erva-das-serpentes, erva-de-cobra, erva-de-sapo, erva-dutra, guaco, guaco-de-cheiro, guaco-liso, guaco-trepador, guaco.  

Origem: América do Sul (Brasil).

Descrição botânica: trepadeira sub-lenhosa, de grande porte, perene, com folhas obtusas na base, de forma quase deltóide, de cor verde escura e semitorcida, com três nervuras destacadas, carnosa-coriacea, presas duas a duas ao longo de ramos volúveis. Flores reunidas em capítulos congestos, resultado em fruto do tipo aquênio. É nativa do sul do Brasil, contudo, pela popularidade de seu uso medicinal, vem sendo cultivada em vários outros estados, inclusive no Ceará, onde nunca apresenta flores. 

Parte da planta para uso: folhas e flores.

Constituintes químicos: óleo essencial rico em: resinas, taninos, saponinas, guacosídio, diterpenos e sesquiterpenos (cineol, borneol e eugenol), substância amarga (guacina, cumarinas, guacosídeo), ácido caurenóico, ácido isobutiriloxi caurenóico, heterósida, ácido cinamoilgrandiflórico, ácido entkaur-16-eno-19-óico, ácido namoilgrandiflórico, ácido estigmast-22-en-3-ol, estigmasterol, flavonóides, esteróis.

Formas de uso: Contra tosse, bronquite e crises de asma é utilizado na forma de xarope, preparado com um copo de água e dois copos de açúcar, misturados em um recipiente que deve ser levado ao fogo em banho-maria. Após a fervura, deve-se acrescentar ao xarope sete folhas verdes (ou duas colheres de sopa de folhas secas), desligar o fogo e aguardar cerca de dez minutos. O xarope deve ser coado e ingerido na quantidade de uma colher (sopa), três vezes ao dia. Também pode ser preparado o chá por infusão, com pedaços pequenos de quatro a seis folhas colocados em uma xícara (chá) com água fervente. Nesse caso, ingerir na quantidade de uma xícara, de duas a três vezes ao dia.

Indicações: ácido úrico, afecções do trato respiratório, albuminúria, ansiedade, artrite, asma, bronquite, contusões, coqueluche, dermatites, eczema pruriginoso, febre, ferimentos, gota, hemiplegia (paralisia de um lado do corpo), inflamação de garganta, inflamações intestinais, insônia, malária, manchas de pele, micoses, nevralgia, picada de insetos e cobras, pruridos, resfriado febril, reumatismo, rouquidão, sífilis, tosses rebeldes, úlceras.

Observações: Doses altas podem provocar vômitos e diarreia. Nestes casos, o uso deve ser suspenso. Pode provocar hipertensão (pressão alta) e, na forma de xarope, não deve ser utilizado por diabéticos, gestantes, lactantes e crianças menores de dois anos. Não deve ser utilizado em caso de tratamento com anticoagulantes e ácido acetilsalicílico.

 Referências bibliográficas

 HORTO DIDÁTICO UFSC:https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 10/01/2022

 LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

MATOS, F.J.A. 2002. Plantas Medicinais - guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. Impr. Universitaria / Edições UFC.

SIMÕES, C.M.O., L.A. MENTZ, E.P. SCHENKEL et al. 1989. Plantas da medicina popular no Rio Grande do Sul. 3 ed. Porto Alegre: Editora da Universidade. 174 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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