GENGIBRE: possui ação antimicrobiana local, combatendo a rouquidão e a inflamação da garganta, além de gripes, resfriados e sinusite.

Nome científico: Zingiber officinale Roscoe

Sinonímias: Amomum zingiber L., Curcuma longifolia Wall, Zingiber aromaticum Noronha, Zingiber majus Rumphius, Zingiber missionis Wall, Zingiber sichuanense Z.Y. Zhu et al., Zingiber zingiber H. Karst.

 Família: Zingiberaceae  

Nomes populares: gengibre, mangarataia, gengivre, gingibre, mangarataia, mangaratiá.

Origem: Ásia.

Descrição botânica: erva rizomatosa, ereta, com cerca de 50 cm de altura. Folhas simples, invaginantes, de 15-30 cm de comprimento. Flores estéreis de cor branco-amarelada. Rizoma ramificado, de cheiro e sabor picante, agradável.

Parte da planta para uso: Rizomas.

Constituintes químicos: Óleo essencial (0,5-3%): composto por monoterpenos: canfeno (8%), alfa-pineno (2,5%), cineol, citral, borneol, mirceno, limoneno, felandreno; composto por sesquiterpenos: A-anforfeno, B-cariofileno, B-elemeno, B-ilangeno, calemeneno, capaeno, ciclo-copacanfeno, ciclosafireno, cis-G-bisaboleno, selina-zonareno, germacraneno B, sesquifelandreno, trans-B-farneseno, zingibereno, bisaboleno; álcoois sesquiterpênicos: necrolidol, elemol, bisabolol, sesquisabineno, trans-B-sesquifelandrol, zingiberenol, B-eudesmol; Outros: hidrocarbonetos (undecano, hexadecano, dodecano, folueno, p-cimeno, etc.), álcoois alifáticos: (2-butanol, 2-heptanol, 2-nonanol), aldeídos alifáticos (butanal, 2-metil-butanal, 3-metil-butanal, pentanal), cetonas (acetona, 2-hexanona, 2-novanona, heptanona, criptona, carvatanacetona, metil-heptanona), aldeídos monoterpênicos (citronelal, mistenal, felandral, neral, geranial). 

Formas de uso: seus rizomas têm uso como especiaria para tempero de carnes e de bebidas desde a época da antiga civilização greco-romana. O chá por infusão deve ser preparado com pedaços de rizoma fresco (cerca de 2,5 g) e quantidade de água fervente suficiente para uma xícara (chá). Ingerir uma xícara, três vezes ao dia.

Indicações: aerofagia, amigdalite, anorexia, asma brônquica, beribéri, broncorréia pulmonar, catarros crônicos, ciática, colesterol, cólicas do estômago e intestino, cólera morbus, dispepsia atônita, dores musculares, edemas artríticos e reumáticos, enjoo, estômago, feridas, fígado, flatulência, halitose, higienização da boca, impotência sexual, impurezas na pele, inflamação da garganta, má digestão, menorragia, meteorismo, náusea e enjoo comuns, de gravidez, de movimento (marítimo e aéreo), paralisia, reumatismo, resfriados, rouquidão, tosse, traumatismo, triglicerídeos, úlceras.

Observações: Nos casos de cálculos biliares a utilização deve ser feita com orientação médica. Não usar na gravidez e lactação. Não usar gengibre fresco em casos de aftas. Não tomar gengibre se toma medicação anticoagulante, antidiabética e anti-hipertensivos arterial.

Referências bibliográficas:

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

HORTO DIDÁTICO UFSC: < https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 10/01/2022

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

MATOS, F.J.A. 2002. Farmácias Vivas - sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades, 4a edição, Edições UFC.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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