Nome científico: Andropogon
bicornis L.
Sinonímias: Anatherum bicorne (L.) P Beauv; Saccharum bicorne (L.) Griseb, Sorghum bicorne (L.) Kuntze.
Família: Poaceae.
Nomes
populares: Capim-rabo-de-burro, capim-andaime, capim-de-bezerro,
capim-peba, capim-rabo-de-boi, capim-rabo-de-cavalo, capim-rabo-de-raposa,
capim-vassoura, cola-de-sorro-grande, rabo-de-burro, rabo-de-raposa.
Origem: ocorre nos biomas
Pampa, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal, Amazônia e Caatinga.
Descrição
botânica: raízes fasciculadas, densamente agrupadas e
ramificadas. Caule do tipo rizomas curtos subterrâneos com colmos aéreos
cilíndricos e numerosos, glabros, de coloração verde a ocre conforme o estádio
de desenvolvimento, as vezes ramificados na base. As folhas são simples,
dispostas de forma alterna e opostas, dobradas ao longo da nervura principal e
encaixadas como as folhas de um livro. A lâmina é estreita e longa, de ápice
agudo, colar avermelhado e lígula das folhas mais jovens densamente pilosa, com
pelos longos. A bainha das folhas envolve o colmo. As inflorescências são
densamente ramificadas e em formato de corimbo. Das espatéolas emergem as
panículas, compostas por dois ramos floríferos densamente plumosos de coloração
branca a cinza. Estes ramos são compostos por ráquis e pares de espiguetas
muito próximos (uma séssil bissexuada e uma pedicelada neutra), sendo que a
espigueta apical é maior, mais escura, pedicelada e estaminada (marrom a bordô)
que se sobressai as demais. Frutos, cariopse. Sendo que a unidade de dispersão
– ou também chamado diásporo – envolve uma espigueta ou o par delas o entrenó
da raquis e as pilosidades.
Parte da planta para uso: Raiz.
Formas
de uso: Usar as raízes bem limpas em infusão. Colocar de 10 a 30
gramas de raízes dentro 1 litro água fervente, deixar descansar por uns trinta
minutos e tomar de 3 a 5 xícaras por dia, durante 20 dias ininterruptos.
Indicações: diurético; tratamento de afecções de fígado e vias
urinárias.
Observações: O
capim rabo-de-burro é muito frequente em pastagens, beira de estrada e é tido
como erva daninha, que ataca as lavouras de seringueiras. Ele é facilmente
encontrado em várias regiões brasileiras, de norte a sul.
Referências bibliográficas
Matiello
J., Granzotto F, Rovedder A. P. M. – Plantas nativas ornamentais do bioma Pampa:
potenciais e popularização, Curitiba: CRV: 2022. 128 p.
Moreira, H. J. D. C.;
Braganla, H. B. N. Manual De Identificação de Plantas
Infestantes. São Paulo: FMC Agricultural Products, 2011.
Zannin, A. Andropogon in Flora
do Brasil. Disponível em:
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB12957>.
Acesso em: 23 agosto 2022.
Zanin, A.; Longhi-wagner,
H. M. Revisão de Andropogon (Poaceae –
Andropogoneae) para o Brasil.
Rodriguésia
v. 62, n. 1, p. 171-202, 2011.