Nome científico: Impatiens walleriana.
Família: Balseminaceae
Nomes populares: balsamina, beijinho, beijo,
beijo-de-frade, beijo-turco, ciúmes, impatiens, maravilha, maria-sem-vergonha, melindre,
não-me-toque, suspiro.
Origem: É
uma espécie nativa do leste da África, na região da Quênia e de Moçambique. O nome do gênero, Impatiens, é derivado do latim e
significa impaciente, uma referência à deiscência repentina,
violenta e explosiva de seu fruto: ao amadurecer, o fruto se rompe, de modo
bastante intenso, como um "beijo", liberando inúmeras
sementes pequenas de coloração amarronzada, lançando-as para longe. Basta um
leve toque para que o fruto se rompa bruscamente, vindo daí um outro nome
popular pelo qual a Impatiens é conhecida: não-me-toques.
Já seu epíteto específico, walleriana,
é uma homenagem ao inglês Horace Waller (1833-1896), missionário, escritor e
ativista político anti-escravagista, que trabalhou na África Central e lá
realizou inúmeras coletas de espécimes botânicos e zoológicos, colaborando com
o inventário da biodiversidade daquele local, pouco conhecida e acessível na
época.
Hábito: Erva perene, que forma touceiras.
Descrição
botânica: Planta da família Balsaminaceae, herbácea, perene, ereta,
ramificada, com caule e hastes de textura suculento-carnosa, glabra, de 20-40
cm de altura, nativa da África. Folhas simples, pecioladas, de lâmina
membranácea, inteira, discolor, de 4-8 cm de comprimento. Flores solitárias,
longo-pedunculadas, terminais e axilares, de cores muito variadas. Frutos
elipsoides, do tipo cápsula suculenta com deiscência explosiva.
Parte
da planta para uso: Flores.
Formas de uso: Uso através de tintura, feita com álcool de cereais e também como floral de Bach (Impatiens).
Indicações: É indicada como emoliente, calmante,
emética, catártica e diurética.
Na medicina chinesa é indicada para o tratamento de
amenorreia e disfagia.
Na medicina Ayurveda, Unani e Sidha, a planta
inteira é considerada emética, diurética e catártica. As folhas esmagadas juntamente
com raspas do caule são aplicadas como cataplasma para limpar feridas. Caule e
sementes usadas para promover a circulação sanguínea e para aliviar dor de
garganta, distocia, amenorreia, disfagia. As flores são aplicadas em
queimaduras e escaldaduras. Raízes e folhas são utilizadas em feridas,
queimaduras. É utilizada como planta cerimonial.
Na medicina popular brasileira, uma geleia feita a partir de sua
mucilagem é utilizada para tratar crianças convalescentes, preparada de modo
semelhante à araruta. A mucilagem também é utilizada no tratamento de injúrias
no trato gastrointestinal, assim como utilizada como calmante.
Modo de usar
Uso através de tintura, feita com
álcool de cereais e também como floral de Bach (Impatiens).
Observação: As ervas são perigosas quando
tomadas em excesso, ou aplicadas indevidamente, tome cuidado (grávidas devem
ter muito cuidado com os chás ou absterem-se de o tomar).
Referências bibliográficas
KINUPP, V.F., LORENZI,
H.
(2017) Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. Reimpressão,
São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora.
HERBARIO PROFº. JORGE PEDRO PEREIRA CARAUTA - HUNI
<http://www.unirio.br/ccbs/ibio/herbariohuni/impatiens-walleriana-hook-f > Acesso em 23/12/2021
LORENZI, H; SOUZA, M. Plantas ornamentais no Brasil:
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MOREIRA, H.J.C.; BRAGANÇA, H.B.N. (2011) Manual de identificação de plantas infestantes - Hortifrúti. São Paulo: FMC Agricultural Products.