MELÃO-DE-SÃO -CAETANO - planta originária da África e da Ásia indicada para complementar o tratamento da diabetes

 

Nome científico: Momordica charantia L.

Sinonímias: Cucumis argyi H. Lév., Momordicachinensis Spreng., Momordica elegans Salisb., Momordicaindica L., Momordica operculata Vell., Momordica sinensisSpreng., Sicyos fauriei H. Lév.

Família: Cucurbitaceae.

Nomes populares: balsamina-longa, caramelo, erva-de-são-caetano, erva-de-lavadeira, erva-de-são-vicente, fruto-de-cobra, fruto-negro, melão-de-são-caetano-gigante, melãozinho, meloeiro-de-são-caetano, quiabeiro-de-angola, bittergurke

Origem: É pantropical, originária da África e da Ásia.

Descrição botânica: Trepadeira anual, sublenhosa, com caule muito longo e ramificado, até 6 metros de comprimento. Folhas recortadas com 5 a 6 lóbulos denteados, medindo entre 4 a 12 cm de comprimento. Flores solitárias, de corola amarela medindo de 2,5 a 3,5 cm. Os frutos são pendentes do tipo cápsula carnosa deiscente, fusiforme, medindo entre 4 a 6 cm de comprimento abrindo quando maduros deixando a mostra as sementes envolvidas em arilo vermelho-vivo, mucilaginoso e adocicado.  

Parte da planta para uso: Frutos, hastes, folhas e arilo das sementes.

Constituintes químicos:  momordicina (alcalóide), momordipicrina, ácido mormódico, b-alanina, fenilalanina, b-amirina, arginina, lignano-calceolariosídeo, a-caroteno epóxido, b-caroteno, esteróide-charantina, criptoxantina, triterpenos-momordicina, taraxerol, momorcharisídeos A e B, diosgenina, p-cimeno, ácido gentísico, momordica charantia lectina, momordica aglutinina, fator citostático de momordica, inibidor de tripsina momordica, neroldiol, V-insulina, P-insulina, b-sitosterol, derivados de stigmasterol, 5-hidroxitriptamina, verbascócido, vicina e o alcalóide zeatina.

Fruto: polissacarídeos (com 16% de ácido galacturônico).

Sementes: aminoácidos, ácido glutâmico e glicina

Formas de uso: Pode ser utilizado através da infusão de suas folhas e frutos.

Indicações: afecções biliares, catarata, cólicas abdominais, colite, cravos, dartro, dores de ouvido, dor reumática, escabiose, enxaquecas, febre, fígado, gogo das aves, hemorróidas (especialmente a raiz), infecções da pele, irrigação vaginal, leucorréia, malária, menstruações difíceis, mordida de serpentes, morféia, problemas de pele (eczemas, acne, sarna e furúnculos), picadas de insetos, problemas gástricos, pruridos, queimaduras, resfriado, reumatismo, úlceras malignas, vermes. 

Observações: causa queda drástica da taxa de glicose sanguínea em poucas horas; pode ter ação teratogênica; in vitro, é um inibidor da síntese proteica; pode causar aborto; alguns autores afirmam que meia colherada do sumo do fruto maduro pode matar um bezerro grande em 16 horas, depois de apresentar vômitos e diarreia; constatou-se lesões testiculares em cães e alterações sobre os parâmetros sanguíneos em suínos.

Referências bibliográficas

ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.

INAYAT U RAHMAN; Khan Rooh Ullah; Khalil Ur Rahman; Bashir Mohammad “Lower hypoglycemic but higher antiatherogenic effects of bitter melon than glibenclamide in type 2 diabetic patients”. From Nutrition journal (2015), 14, 13. | Language: English, Database: MEDLINE (extraído artigo do SCIFINDER)- Acesso 14 Abril 2016.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.

La VALLE J. B. et al. Natural Therapeutics Pocket Guide. Hudson: Apha, 2000.

HORTO DIDÁTICO UFSC: < https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 05/03/2022

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