ARRUDA - planta mística indicada para nevralgias, afecções dos rins, bexiga e do fígado

Nome científico: Ruta graveolens L.

Família: Rutaceae Juss.

Nomes populares: arruda doméstica, arruda dos jardins, ruta, arruda- de-cheiro-forte, arruda-fedorenta, em Minas Gerais, arruda-fêmea, arruda-macho.

Origem: Sul da Europa e Mediterrâneo. O nome do gênero Ruta vem do grego RUTE, derivado de Ruesthai, que significa salvador, referindo-se ao poder curativo da planta.

Hábito: Subarbusto semi-perene, que forma touceiras.

Descrição botânica: Subarbusto de folhagem densa com odor característico, atinge até 1,5 m de altura; folhas alternas, carnosas, pecioladas, de coloração verde-azulada, contendo glândulas oleríferas. As flores são pequenas, amerelo-esverdeadas, hermafroditas com pétalas livres entre si, lanceoladas, com brácteas pequenas; ovário súpero com muitos óvulos. O fruto é uma capsula com 4-5 lobos, arredondados; sementes pardas e rugosas.

Constituintes químicos principais: Óleo essencial de 0,2 a 0,7% (metilnonilcetona; metilheptilcetonas 90%; de metilnonilcarbinol 10%; álcoois, ésteres, fenóis; compostos terpênicos); alcalóides de 0,4 a 1,4% (arborinina, graveolina (rutanina), alfa-fagarina; derivados furocumarínicos (bergapteno, xantoxina, psoraleno; compostos flavônicos (Rutina).

Parte da planta para uso: Toda a planta.

Formas de uso: Decocção, infusão, extrato, cataplasma, alcoolato e sumo das folhas misturado com outros sumos.

Indicações: É indicada para nevralgias, afecções dos rins, bexiga e do fígado, reumatismo, gota, afecções cardíacas de natureza nervosa, vermicida, estimulante, emenagogo, inflamação nos olhos, sarna, piolho, repelente, antiespasmódico, carminativo, sudorífico, analgésico.

Modo de usar

a) Inflamação nos olhos - decocção: Ferver por alguns minutos, uma colher de sopa de folhas frescas moídas para uma xícara de água; lavar os olhos três vezes ao dia até desaparecerem os sintomas.

b) Piolho - infusão: Duas xícaras (de café) de folhas picadas com 500 ml de água fervente; coar, esfriar e lavar a cabeça por três dias.

c) Sarna - extrato: Folhas secas picadas (um copo) em um litro de álcool. Deixar em repouso por três dias e coar. Diluir 50%, e aplicar na área afetada.

d) Repelente: Queimar a parte aérea da planta, em forma de defumação.

e) Dores, gripes, reumatismo, em emenagogo - infusão: Chá das folhas (uma pitada/xícara).

f) Abcessos - cataplasma: Aplicar cataplasma de folhas frescas sobre a parte afetada, cobrindo-o com gaze.

Observação: A ingestão excessiva de arruda pode ser perigosa, podendo causar hemorragias graves, dores epigástricas, cólicas, vômitos, convulsões e sonolência. Pelas suas propriedades emenagogas, durante a gravidez, pode provocar hemorragias e por sua vez o aborto.

Referências bibliográficas

BLANCO, M.C.G. Cultivo comunitário de plantas medicinais. Campinas: CATI, 2000. 36p. il. 21,5cm. (Instrução Prática, 267).

DI STASI l.C.; SANTOS, E.M.G.; SANTOS, C.M. dos; HIRUMA, C.A. Plantas medicinais na Amazônia. São Paulo. Editora Universidade Paulista. 1989. 193p.

PINTO, J.E.B.P.; SANTIAGO, E.J.A. de. Compêndio de plantas medicinais. Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. 205p.

VIEIRA, L.S. Fitoterapia da Amazônia: Manual de Plantas Medicinais (a Farmácia de Deus). 2. Ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1992. 347p.

Este folder faz parte da série "Plantas Medicinais", do Subprojeto Instalação de horto-matriz de plantas medicinais em Porto Velho, Rondônia.  


Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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