Plectranthus barbatus Andrews. - BOLDO-BRASILEIRO


Nome científico: Plectranthus barbatus  Andrews.

Sinonímias: Coleus barbatus (Andrews) Benth., Cnleus forskohlii (Willd.) Briq.

Família:  Lamiaceae (Labiatae)

Nomes populares:  falso-boldo, boldo, boldo-brasileiro, boldo-do-reino, boldo-nacional, malva-santa, malva-amarga, sete-dores, boldo-do jardim, boldo-do-brasil, falso-boldo, folha-de-oxalá.

Nota: o nome popular “Boldo” deriva da espécie Peumus boldus, pertencente à família Monimiaceae, conhecida popularmente como Boldo-do-Chile e que tem suas folhas comercializadas em lojas especializadas e farmácias, por suas propriedades colagoga e colerética nas dispepsias funcionais. Esta espécie é nativa da região ocidental dos Andes e não está aclimatada ao Brasil, onde algumas espécies são conhecidas popularmente como “boldo” e utilizadas por terem propriedades semelhantes à espécie andina.

Origem: É originária da índia, trazida para o Brasil provavelmente no período colonial.

Descrição botânica: Planta herbácea ou subarbustiva, aromática, perene, erecta quando jovem e decumbente após 1-2 anos, pouco ramificada, de até 1,5 de altura. Folhas opostas, simples, ovalada de bordos denteadas, pilosas, medindo 5 a 8 cm de comprimento e de sabor muito amargo, flexíveis mesmo quando secas, sendo mais espessas e suculentas quando frescas. Flores azuis, dispostas em inflorescências racemosas apicais.

Parte da planta para uso: folhas.

Constituintes químicosalcaloides, cumarina, sesquiterpenoides e, taninos e flavonoides. Diterpenóides, barbatol, barbatusina, cariocal, óleo volátil (guaieno, fenchona e outros), ferruginol.

Formas de uso: Utiliza-se o chá por infusão ou o extrato aquoso feito, de preferência, com folhas frescas. Para o seu preparo, utiliza-se de três a quatro folhas frescas e uma xícara (chá) de água fervente. Ingerir de uma a três xícaras do chá por dia.

Indicações:  Estimulante do fígado, da digestão e do apetite, atua na melhora da azia.

Observação: Seu uso deve ser evitado por gestantes, lactantes, crianças, pessoas com hipertensão, hepatites ou obstrução das vias biliares e que fazem uso de medicamentos para o sistema nervoso central.

Referências bibliográficas

COSTA, M. A. et al Plantas e Saúde: Guia introdutório à fitoterapia. Brasília: Governo do Distrito Federal, 1992.

HORTO DIDÁTICO UFSC: <https://hortodidatico.ufsc.br/ > Acesso em 10/01/2022

LORENZI, H. & MATOS, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleções e emprego de plantas usadas em fitoterapia no Nordeste brasileiro. Fortaleza: EUFC, 1989.

SIMÕES, C.M.O. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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