URUCUM - planta rica em carotenoides com ação anti-inflamatória e cicatrizante.

 

Nome científico: Bixa orellana L.

Sinonímias: Bixa acuminata Bojer, Bixa americana Poiret in Lam., Bixa odorata Ruiz & Pav. ex G.Don, Bixa platycarpa Ruiz & Pav. ex G. Don, Bixa tinctoria Salisb., Bixa upatensis

Ram. Goyena, Bixa urucurana Willd., Orellana americana Kuntze, Orellana Orellana (L.) Kuntze

Família:  Bixaceae

Nomes populares: Urucum, açafroa e colorau, achiote (espanhol)

Origem: nativo na América tropical.

Descrição botânica: arvoreta da família das bixáceas, nativa na América tropical, que chega a atingir altura de até seis metros. Apresenta grandes folhas de cor verde-claro e flores rosadas com muitos estames. Seus frutos são cápsulas armadas por espinhos maleáveis, que se tornam vermelhas quando ficam maduras. Então se abrem e revelam pequenas sementes dispostas em série, de trinta a cinquenta por fruto, envoltas em arilo também vermelho.

Parte da planta para uso: sementes.

Constituintes químicos:  As sementes desta planta são ricas em um pigmento avermelhado, que é uma mistura de carotenóides tais como bixina, norbixina, fitoeno e caroteno. Eles também contêm saponinas, compostos fenólicos, óleos fixos, terpenóides, tocotrienóis e flavonóides, incluindo luteolina e apigenina

Formas de uso: As folhas são usadas em casos de gonorreia, problemas de garganta e como antiemético. As sementes são usadas como tônico gastrointestinal, antidiarreico, purgativo, estomacal, antipruriginoso, anti-inflamatório, antidiabético, febrífugo e em caso de tumores orais e estados gripais. A massa obtida das sementes é utilizada via tópico em caso de queimaduras e outras doenças da pele, especialmente para evitar bolhas.

Indicações: Uso externo como Anti-inflamatório, cicatrizante.

Observações: Apenas de uso externo. Estudos mostraram que a planta possui atividade antiofídica do extrato etanólico de folhas e caules. O extrato metanólico das folhas de urucum apresentou atividade de captura de radicais livres. Da mesma forma, mostrou atividade analgésica e antidiarreica em camundongos.

Referências bibliográficas

Agner A.R., Bazo A.P., Ribeiro L.R., Salvadori D.M., (2005), DNA damage and aberrant crypt foci as putative biomarkers to evaluate the chemopreventive effect of annatto (Bixa orellana L.) in rat colon carcinogenesis, Mutat. Res., 582, 146-154.

Antunes L.M., Pascoal L.M., Bianchi M.L., Dias F.L., (2005), Evaluation of the clastogenicity and anticlastogenicity of the carotenoid bixin in human lymphocyte cultures, Mutat. Res., 585, 113-119.

Fleischer T.C., Ameade E.P., Mensah M.L., Sawer I.K., (2003), Antimicrobial activity of the leaves and seeds of Bixa orellana, Fitoterapia, 74, 136-138.

 Germosén-Robineau L., (1995), Hacia una Farmacopea Caribeña. Seminarios TRAMIL 6 y 7. Basse-Terre, Guadalupe. Noviembre, 1992; San Andrés Isla, Colombia. Febrero, 1995. Edición TRAMIL 7. Santo Domingo, República Dominicana, pp. 81-92

Gupta M., (1995), 270 Plantas Medicinales Iberoamericanas. Convenio Andrés Bello. CYTED. Editorial Presencia Ltda. Santa Fe de Bogotá, pp. 198,199.

Lorenzi H., Abreu Matos F., (2002), Plantas Medicinais no Brasil Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum de Estúdos da Flora Ltda. Nova Odessa, pp. 94-96.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem