Nome científico: Dracantium
longipes Engl.
Família: Araceae
Nomes
populares: erva-jararaca, jararaca, jiraraca, jararaca-tajá,
jararaca-taiá, milho-de-cobra, tajá-de-cobra
Origem: É
nativa na região Amazônica
Descrição
botânica: planta herbácea tuberosa,
acaule, geralmente com uma única folha, cujo pecíolo ereto e disposto
verticalmente de até 2 m de altura é confundido com caule. Seu tubérculo
subterrâneo de forma arredondada e de até 0,5 kg rebrota na primavera, formando
o pecíolo da única folha, com desenho semelhante à pele da cobra jararaca, daí
a razão de seu nome popular. A folha, completamente dividida até a base em
segmentos irregulares, pode alcançar até 1,3 m de diâmetro. A inflorescência
surge também diretamente do tubérculo no final do verão na forma de espádice
com pedúnculo de até 70 cm de comprimento. Cresce nas florestas de terra firme
da região amazônica, vegetando apenas durante a primavera-verão (período chuvoso)
e desaparecendo completamente no inverno.
Parte da planta para uso: folhas.
Constituintes
químicos: Na sua composição química foram determinados os
seguintes grupos de substância naturais: alcaloides, flavonoides, fenóis,
saponinas, esteróis e triterpenos
Formas
de uso: Seus tubérculos são utilizados secos e em pó contra
mordida de cobra, principalmente pelos indígenas da região amazônica. É hábito entre
eles esfregar suas pernas e pés com o tubérculo para afugentar e prevenir
mordidas de cobra. O pó preparado com seus tubérculos é também utilizado no
tratamento caseiro das crises de asma, da amenorreia (suspensão do fluxo
menstrual), tosse cumprida, sarna e anemia. O suco dos tubérculos é empregado
para amenizar dores causadas pela agressão por borrachudos. Já o suco das
raízes e do pecíolo é utilizado também contra picadas de cobra e o banho do
decocto da planta inteira é usado no tratamento da gota. Contra mordedura
de cobras, indígenas do noroeste da Amazônia usam levar ao fogo uma colher de
chá de suas folhas picadas com um pouco de água por dois minutos e em seguida
aplicam-na sobre o ferimento três vezes ao dia
Indicações: É
reputada como antiviral, tónica e anti-inflamatória.
Observações: Em
doses elevadas, esta e as demais espécies de Dracontiumpodem causar intoxicação.
Referências bibliográficas
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