JASMIM-MANGA: planta cujo látex é utilizado para o tratamento da infertilidade feminina, úlcera gástrica e câncer

 

Nome científico: Himatanthus drasticus (Mar.) Plumel

Sinonímias: Plumeria drástica Mart.

Família: Apocynaceae   

Nomes populares: janaguba, janaúba, dona-joana, raivosa, jasmim-manga, sabeu-una, tiborna, sucuuba

Origem: Nativa desde as Guianas até a Bahia.

Descrição botânica: árvore de pequeno porte, até 7 m de altura, densamente enfolhada na extremidade dos ramos, de tronco unheiro, leitoso. Tem folhas obovais, semicoriáceas, também leitosas, flores brancacentas reunidas em inflorescências terminais cimosas. simples ou múltiplas. Frutos com dois folículos levemente curvados, de extremidades finas em forma de banana com 15 a 20 cm de comprimento por 2,5 cm de diâmetro, contendo numerosas sementes achatadas, arredondadas e aladas com 2,5 a 3 cm de diâmetro.   

Parte da planta para uso: Látex, casca

Constituintes químicos:  presença do glicosídeo iridóide plumieride, alguns açúcares e triterpenóides.

Formas de uso: A obtenção do "leite" é feita de maneira artesanal, por retirada parcial da casca do tronco, numa faixa de 10 x 30 cm, retirando-se o látex com auxílio de uma colher e água. A operação estará concluída quando a mistura "leite"+água, colocada em uma garrafa das de um litro, deixar sedimentar um depósito esbranquiçado com cerca de 1/4 a 1/3 da garrafa cheia, com um sobrenadante levemente róseo. Segundo uma receita que circula entre os usuários a mistura deve ser mantida em ambiente bem frio e bebida na dose de uma xícara das médias três vezes ao dia.

Indicações: tratamento por via oral contra vermes intestinais, febre, regras irregulares, infertilidade feminina, úlcera gástrica e câncer e, por meio de compressas locais, nos casos de luxação de qualquer articulação, machucaduras e herpes

Observações: Ocorrem no Brasil outras espécies deste gênero, sendo mais referidas como medicinais além desta espécie, Himatanthus sucuúba (Spruce) Woodson, a sucuúba da Amazónia.

Referências bibliográficas

Braga, R.A., 1960, Plantas do Nordeste, especialmente do Ceará, 2ª98). edição, Impr. Oficial, Fortaleza. 540 pp.

Dias-da-Rocha, F., 1945, Formulário therapeutico de plantas medicinaes cearenses, nativas e cultivadas, Tipografia Progresso, Fortaleza, 258 pp.

Matos, F.J.A. 1999, Plantas da medicina popular do Nordeste - propriedades atribuídas e propriedades confirmadas, EDUFC, Fortaleza, 79 pp.

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto

Van den Berg, M.E., 1982, Plantas Medicinais da Amazônia, CNPq / PTU, 223 pp.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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