PIMENTA-DE-MACACO: as sementes torradas e moídas desta planta são empregadas como excitante, carminativa e afrodisíaca

 

Nome científico: Xylopia aromática (Lam.) Mart.  

Sinonímias: Uvaria aromática Lara., Xylopia grandiflora A.St.Hil.

Família: Annonaceae  

Nomes populares: envira, embira, envireira, jejerecu, esfola-bainha, pacovi, pachinhos, pimenta-de-macaco, pimenta de-negro, pimenta-de-gentio, pimenta-de-bugre, pimenta-de-árvore, pimenta-de-folha-grande, pimenta-do-campo, pimenta-da-costa, pimenta-do-sertão.

Origem: nativa do cerrado

Descrição botânica: árvore com altura que varia de 2 a 8 metros. Apresenta ramos e folhas pendentes e flores com pétalas brancas e cálice vermelho-pardo. As flores, quando abertas, lembram estrelas, com pedicelos muito curtos e voltados para cima. Os frutos são comestíveis e apresentam-se vermelhos por ocasião da deiscência e amarronzados ou pretos quando secos. As sementes são ovoides, ariladas apicalmente e azuladas por ocasião da deiscência. Em média, são encontradas duas a oito sementes por carpídio. Os frutos podem ser coletados em todos os meses do ano

Parte da planta para uso: folhas.

Constituintes químicos: alcaloides, esteroides, flavonoides, óleos essenciais, alfa e beta-pineno, mirceno, limoneno, ocimeno, citronelol e carvona, diterpenos e saponinas.

Formas de uso: As sementes e a casca do caule são empregadas na medicina caseira em muitas regiões do país, principalmente nas áreas de ocorrência natural da espécie, as sementes torradas e moídas e a tintura da casca do caule são também empregadas como excitante, carminativa e afrodisíaca.

Indicações: carminativa, eupéptica e afrodisíaca, potencial efeito hipolipidêmico e antioxidante.

Observações: Na medicina tradicional e popular africana é atribuído aos seus frutos e sementes efeito estimulante e para o tratamento de infecções de pele, tosse, febre e diabetes.

Referências bibliográficas

Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2008. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª ed. Nova Odessa, Instituto

Lorenzi, H. 1992. Árvores Brasileiras - vol. 01. Instituto Plantarum, Nova Odessa — SP. 384 pp.

Moraes, M.P.L. & N.F. Roque. 1988. Diterpenes from the fruits of Xylopia romatica. Phytochemistrv 27: 3205-3208.

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Silva, J.B. & A.B. Rocha. 1981. Oleorresina do fruto de Xylopia aromática (Lam.) Mart. Rev. Ciênc. Farm. (São Paulo) 3: 33-40.

Van den Bcrg, M.E. 1993. Plantas Medicinais na Amazónia - Contribuição ao seu conhecimento sistemático. Museo Paraense Emílio Goeldi, Belém. 206 pp

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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