AZEVINHO: árvore nativa da Europa indicada para o tratamento da gripe e de problemas respiratórios

 

Nome científico: Ilex aquifolium L.

Família: Aquifoliaceae

Nomes populares: aquifólio, azevinho-espinhoso, espinha-sempre-verde, loureiro-bravo, pica-folha, pica-folhas, pica-rato, visqueiro, xardo, zebro.

Origem: nativo da Europa

Descrição botânica: árvore pequena ou arbusto que mede entre 3 e 10 metros de altura. A casca é lisa e suas folhas grossas e brilhantes (verde claro na parte superior e verde escuro na parte inferior), são acompanhados por numerosos espinhos (cerca de 6 mm de comprimento), que predominam nas folhas inferiores as mais expostas a herbívoria. As flores, pequenas e esbranquiçadas, apresentam quatro pétalas. Os frutos são representados por bagas carnudas avermelhadas, semelhante às cerejas, que amadurecem no outono. Originando flores femininas.

Parte da planta para uso: folhas, frutos e flores.

Constituintes químicos: saponinas, compostos fenólicos, terpenóides, esteroides, alcaloides, antocianinas.  

Formas de uso:

-Infusão de um punhado de rizoma de azevinho em um litro de água: ferver, por dois minutos. Deixar em repouso por dez minutos, antes de filtrar. tomar à vontade: aperitivo, diurético.

- Infusão de 30 g de folhas em 1 litro de água: sudorífico, febrífugo.

- Infusão de 20 g de folhas em um litro de água. Tomar 4 a 5 xícaras por dia. Febres intermitentes nas gripes, enfermidades infecciosas (sarampo, escarlatina etc.), no reumatismo.
- Decocção de 30 g de casca de azevinho em um litro de água. Beber aos pouquinhos durante o dia: febre.

- Decocção de 30 g de casca de azevinho em 250 ml de água: Beber em três ou quatro vezes durante o dia: fígado, histeria, diurético, sedativo, hipotensor, asma e epilepsia.
- Pó de 2 a 5 g de bagas: purgativo.

Indicações: As folhas do azevinho têm um efeito diaforético e diurético. Empregam-se para o tratamento da gripe e de problemas respiratórios. Devido a este mesmo efeito, exercem-se uma ação febrífuga e tónica. As bagas do azevinho, por seu lado, possuem uma ação totalmente diferente, porque provocam o vómito e são purgantes, sendo o seu uso para fins medicinais nulo e perigoso.

Observações: a ingestão de bagas pode causar náusea, vômitos, dor abdominal e diarreia, estupor, sonolência. Há literatura que afirma que de 20 a 30 frutinhas podem ser mortais para um adulto. As folhas também são venenosas.

Referências bibliográficas

Alonso J.: Tratado de Fitomedicina: Bases Clínicas y Farmacológicas. Isis Ed. (1998).

Arteche García A.; Vanaclocha B. et al.: Fitoterapia: Vademecun de Prescripción. Edit.Masson. 3a. Edición. (1998).

Bown D.: Enciclopedia de las Hierbas y sus Usos. Ed. Grijalbo-Mondadori. (1996).

Catalano S.; Marsili A.; Morelli J. and Pistelli L.: Constituents of the leaves of Ilex aquifolium. Planta Med. 33: 416 (1978).

Duke J.: Handbook of Medicinal Herbs. 5ª Ed. Boca Ratón. Florida. CRC Press. (1987).

Font Quer, P.: El Dioscórides renovado. Editorial Labor S.A. 7a. edición. (1981).

Lewin L.: Gifte und Vergiftungen. 6 Aufl., Nachdruck, Haug Verlag. Heidelberg. (1992).

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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