RABO-DE-BUGIO: planta amplamente utilizada na medicina popular da Região Norte do Brasil para fortalecer o útero e tratar as afecções femininas

 

Nome científico: Dalbergia ecastaphyllum (L.) Taub

Sinonímias: Ecastaphyllum brownie Pers.

Família: Fabaceae.

Nomes populares: marmeleiro-da-mata, rabo-de-bugio e verônica-branca

Origem: nativa do Brasil

Descrição botânica: trepadeira ou arbusto escandente com 1 a 3m de altura, muito ramificado desde a base. Folhas simples; lâmina foliar de 6-12x4,5-8cm, ovadas ou oblongas, coriáceas, glabras, ápice obtuso à curtamente acuminado, base arredondada a quase cordada, margens inteiras; pecíolo de 5 a 10mm de comprimento; estípulas em forma de furador a lanceoladas, 0,5 a 1cm de comprimento, tardiamente decíduos. Inflorescência axilar; panículas de 1 a 3cm de comprimento, densamente ferrugíneo-tomentosas; brácteas reduzidas, prematuramente, decídua; cálice em forma de sino, com, aproximadamente, 2,5mm de comprimento, ferrugíneo-tomentoso; corola rosa a branca, comumente arredondada, clavada, com reentrâncias no ápice, alas mais compridas que o padrão. Fruto vagem suborbicular de 2-2,3x1,5-2cm, achatada, cor verde-amarronzada, indeiscente. Semente única com 1,7cm de comprimento, oblonga 

Parte da planta para uso: Cascas e folhas

Constituintes químicos:  estudos informam sobre a presença no caule de daidzein e 8-Demethylduartin.

Formas de uso: a entrecasca é preparada na forma de garrafadas, utilizadas como fortalecedoras do útero e para tratar as afecções femininas; maceradas com álcool são usadas para tratar feridas e cortes; em maceração aquosa ou em decocção é consumida como antianêmico e antidiarreico. A casca também é usada para tratar problemas vaginais e uterinos, como tônica e em casos de doenças pulmonares e bronquite. A infusão das cascas é empregada no tratamento de infecções renais, como fortificante e depurativo; em forma de banhos é empregada no tratamento de fraqueza e para lavagens de ferimentos; o chá de folhas é usado no tratamento de inflamação, como banho de asseio, ou contra vômitos.

Indicações: antianêmico, anti-inflamatório, doenças Pulmonares, bronquite, fortificante e depurativo.

Observações: a Dalbergia ecastaphyllum (L.) Taub amplamente utilizada na medicina popular da Região Norte.

Referências bibliográficas

AMOROZO, M.C.; GELY, A. Uso de plantas medicinais por caboclos do baixo Amazonas. Barcarena, Pará, Brasil, Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, 4(1), 47-131, 1988.

BERG, M.E. Plantas medicinais na Amazônia: contribuição ao seu conhecimento sistemático. 3.ed. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi. 2010. 268 p. il. (Coleção Adolpho Ducke).

FREITAS, J.C.I.; FERNANDES, M.E.B. Uso de plantas medicinais pela comunidade de Enfarrusca, Bragança, Pará. Boletim Museu Emílio Goeldi, 1(3), 11-26, 2006. GOIS, M.A.F. et al. Etnobotânica de espécies vegetais medicinais no tratamento de transtornos do sistema gastrointestinal. Revista Brasileira Plantas Medicinais, 18(2), 547-557,

2016.

RODRIGUES, R.M. A flora da Amazônia. 1.ed. FREIRE, G. (Ed.) Belém: CEJUP. 1989. 35p.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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