Nome
científico: Sambucus
australis Cham. & Schltdl.
Sinonímias: não
encontrados na literatura consultada.
Família: Caprifoliaceae
Nomes
populares: sabugueiro, acapora, sabugo-negro,
sabugueirinho, sabugueiro-do-brasil, sabugueiro-do-rio-grande.
Origem: nativa
do sul da América do Sul.
Descrição
botânica: arbusto grande ou arvoreta de 3-4 m de altura, de copa
irregular e bastante ramificada, com tronco tortuoso e casca fïssurada, nativa
do sul da América do Sul, incluindo o Brasil. Folhas compostas imparipinadas,
com 5-7 folíolos membranáceos, de superfície brilhante, com nervuras salientes,
exalando forte odor desagradável quando amassadas. Flores pequenas, de cor
branca, odoríferas, reunidas em inflorescências corimbosas terminais. Os frutos
são drupas globosas, de cor roxo-escura quando maduros, contendo 3-5 sementes.
Parte
da planta para uso: Todas as partes da planta
Constituintes
químicos: Na
sua composição são encontradas flavonóides, terpenos, esteroides, glicosídeos,
alcalóides e ácidos graxos.
Formas
de uso: As flores e frutos são usados internamente contra
resfriados, sinusite e para eliminação de catarro e, a casca, para artrite. Contra o reumatismo (artrite e gota), nefrite, cálculos renais e como diurética
é recomendada na forma de chá, contra febres, como analgésico para dores em
geral, como estimulante da sudorese, sarampo e catapora, é indicado o chá de
suas flores secas. Suas flores são também usadas externamente contrairritação
dos olhos, dermatoses (erisipela, erupções cutâneas, pruridos, eczemas e
reações alérgicas), queimaduras leves, úlceras bucais e pequenas injúrias, na
forma de gargarejes, compressas e cataplasmas, aplicadas diretamente sobre a
área afetada
Indicações: considerada
o "remédio do peito” pela eficiência contra problemas respiratórios,
possuindo propriedades diurética, antipirética, antiséptica, cicatrizante e
antiinflamatória.
Observações: É
usada na medicina tradicional desde tempos remotos no Velho Mundo, sendo citada
nos textos de Dioscorides na Grécia Antiga. Sua casca foi muito utilizada na
Antiguidade por romanos, egípicios e gregos, perdendo a importância com o
decorrer dos séculos.
Referências bibliográficas
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