EMBIRA: A casca aromática é usada como carminativo, afrodisíaco, estimulante e como tônico para reumatismo.

 

Nome científico: Xylopia frutescens Aubl.

Sinonímias: Diospyros xylopioides Mart. ex Miq., Xylopia meridensis Pittier, Xylopia muricata Vell., Xylopia setosa Poir., Xylopicrum frutescens (Aubl.) Kuntze.

Família:  Annonaceae

Nomes populares: banana-de-macaco, breu, breu-branco (região amazônica); coagerucu, coaguerecou, coajerecu, coajerucu, conguerecou, embira-vermelha, embireira-branca, ibira, jegerecu, jejerecou, jejerucu, jererecou, jererecu, pajerecu, pau-de-embira, pau-doce, pejerecum (Bahia); embira, embira-decacador, envira (Para); envira-preta, imbira-de-cacador, jegerecou, malagueta, pau-carne (Pernambuco); pau-de-macaco, pegerecum, pijerecu, pijericu, pijerucu, pijerucum, pimenta-de-gentio, pimenta-de-macaco, pimenta-do-mato, pimenta-do-sertao, pimenta-longa, pindaiba (Sao Paulo); pindaiba-branca, pindaibade- folha-pequena, pindahyba-branca, pindauba, pindauva.

Origem: Distribui-se por quase todo o Brasil e pela América Central.

Descrição botânica: Arvore de pequeno porte, alcançando até 8m de altura, e copa alongada; tronco ereto e cilíndrico, com casca fibrosa, aromática; folhas alternas, simples, oblongo lanceoladas, curto-pecioladas, lineares, agudas no ápice, coriáceas, glabras na face superior e pubescentes na face inferior; inflorescência e glomérulos axilares com flores regulares, hermafroditas; cálice gamossépalo, pétalas lineares; fruto do tipo baga ovoide, deiscente, vermelho, com duas a seis sementes.  

Parte da planta para uso: frutos, folhas e casca.

Constituintes químicos:  esteroides, alcaloides, taninos  flavonoides, diterpenos, ácido caurenoico caurol, ácidos xilopico e acutiflorico.

Formas de uso: casca aromática é usada como carminativa, afrodisíaca, estimulante e como tônico para reumatismo. Na região amazônica, a decocção da casca, na forma de inalação, serve para combater resfriados e dores de cabeça, sendo que a inalação só pode ser feita na hora de dormir. As folhas são usadas pelos índios Guam (oeste do Panamá) como anti-helmíntico e antipirético cuja infusão serve como um potente analgésico e anti-inflamatório. Na parte colombiana da Amazônia, os índios utilizam com cautela o chá das folhas como diurético e antiedematogenico. Os frutos detêm sabor aromático com a retirada da semente oblonga neles contida, que cheira a junipero. Quando comidos em jejum, corroboram o estomago fraco e dissipam os flatos. Moídos, são aplicados contra mordidas de serpentes. As sementes tostadas são usadas como carminativas, afrodisíacas, estimulantes e como tônico para reumatismo.

Indicações: é indicada como carminativa, afrodisíaca, estimulante e tônico para reumatismo, combate resfriados e dores de cabeça, anti-helmíntico, antipirético, analgésico, anti-inflamatório, diurético e antiedematogênico. Contra problemas estomacais, flatulência e picada de serpente, estimulante da bexiga, contra catarro, leucorreia, cólicas estomacais, reumatismo, mau hálito e cáries.

Observações: A inalação da decocção da casca do caule combate resfriados e dores de cabeça.

Referências bibliográficas

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DI STASI, L.C.; HIRUMA-LIMA, C.A. Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2.ed. São Paulo: UNESP, 2002. 604p.

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REVILLA, J. Plantas úteis da Bacia Amazônica. Manaus: INPA, 2002. v.2.

VIEIRA, L.S. Fitoterapia da Amazônia: manual de plantas medicinais (a farmácia de Deus). 2.ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1992. 347p.

Profº. M.Sc. Décio Escobar

Sou professor de Biologia e Botânica, com Especialização em Fitoterapia, Especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior e Mestrado em Ciências Ambientais, atualmente com nove livros publicados.

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